“Uma universidade mais humana e simultaneamente mais competitiva”, foi assim que Carlos Sequeira começou por definir os objectivos para o seu mandato enquanto reitor, cargo para o qual foi eleito, no dia 19, pelo Conselho Geral da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
Segundo o professor, que ocupou a função de vice-reitor para a Área do Planeamento, Instalações e Equipamentos nos dois mandatos do ex-reitor, Armando Mascarenhas Ferreira, o objectivo primeiro é “iniciar um ano lectivo sem sobressaltos”.
Carlos Sequeira, que deverá tomar posse oficialmente dentro de um mês, adiantou que há um Conselho Geral marcado para o dia 16 de Setembro, o qual contará já com a nova equipa reitoral. “Foi entendimento do Conselho que os projectos novos deveriam ter um cunho da nova reitoria, por isso, nessa altura, já se vai prospectar o futuro da universidade, nomeadamente o plano de actividades”, para o próximo ano, explicou.
Apesar de não avançar já com todos os nomes que o acompanharão, enquanto vice e pró-reitores, o eleito adiantou que “não haverá grandes surpresas”, aliás, Carlos Sequeira refere que o plano de acção que apresentou a sufrágio não foi “um exercício colegial”, foi já o resultado de “ter ouvido” a academia. “Cerca de 80 por cento da equipa constituinte”está por dento do plano.
Revelando que alguns membros da equipa anterior permanecerão e, em contrapartida, entrará ‘no jogo’ muita gente, “de grande valor”, o reitor apresentou já três nomes, duas permanências (Isolina Poeta e Jorge Azevedo) e uma nova aquisição, Carlos Assunção, que ficará responsável pela área da investigação, um lugar antes ocupado por Eduardo Rosa. “Em termos de investigação científica foi feito um trabalho interessante, até de projecção da UTAD para o exterior. Creio que, não podendo contar com o professor Eduardo Rosa, que fez um trabalho magnífico, o Carlos Assunção poderá dar um contributo fundamental para uma reorganização interna”, explicou.
Esta foi a primeira eleição para a reitoria depois da alteração dos estatutos da UTAD, destacando-se como principal novidade do processo o facto do sufrágio, que antes era decidido entre os membros da Assembleia da Universidade, ter sido da responsabilidade do grupo mais restrito de pessoas que constituem o Conselho Geral, nomeadamente, os 23 representantes dos estudantes, do corpo docente e não docente, onde se inclui ainda os seis membros cooptados.
Na corrida à reitoria, contra Carlos Sequeira, apenas alinhou mais um nome, o do inglês Roy Kirby. Natural da Inglaterra, o candidato vencido fez o seu percurso académico na Universidade Católica, tendo sido professor auxiliar da área da Microbiologia Alimentar, na Escola Superior de Biotecnologia, assumindo actualmente o cargo de director europeu para a “Avaliação da Segurança (Humana e Ambiental) e Assuntos Regulatórios” da empresa S.C. Johnson.
Carlos Sequeira venceu com 15 votos, somando o candidato adversário apenas dois. A votação contou ainda cinco votos em branco.
Luís de Matos, presidente da direcção da Associação Académica da UTAD, espera que a nova equipa continue a “apostar na qualidade e melhoria das condições de ensino, de forma a prestar cada vez mais um melhor serviço aos alunos desta academia”.
A AAUTAD deixa também uma palavra de agradecimento a Armando Mascarenhas Ferreira, que conduziu os destinos da UTAD durante os últimos oito anos, esperando que a nova equipa, liderada por Carlos Sequeira, continue na senda do bom trabalho que tem vindo a ser efectuado.