Nuno Vaz disse à agência Lusa que este município do norte do distrito de Vila Real se mostrou disponível para a criação de um polo do Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado.
“O que é essencial para nós é que muitas das peças que neste momento estão inacessíveis ao público, porque estão encaixotadas, vão ganhar nova vida”, frisou.
Este polo descentralizado ficará instalado no Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, um equipamento cultural inaugurado em julho de 2016 que homenageia o artista transmontano e que foi desenhado pelo arquiteto Siza Vieira.
Nuno Vaz garantiu que este edifício possui “todas as condições” para acolher o acervo do Museu do Chiado.
“Tem as condições físicas, os espaços de exposição, de segurança e a climatização necessária para acomodar obras de alguma dimensão”, sustentou.
O autarca adiantou que a intenção é que, “já no segundo semestre de 2019”, se possam mostrar em Chaves algumas dessas peças, que serão cedidas em regime de comodato.
Na sexta-feira, realizar-se-á uma reunião na secretaria de Estado da Cultura com vista à preparação e concretização deste projeto que, para o autarca, vai ajudar na “democratização” e “na descentralização” da cultura.
“Existe um conjunto de acervos públicos e privados, de pinturas, esculturas e de outro tipo de obras de arte muito relevante que é importante dá-los a conhecer a outros públicos, neste caso ao Interior”, afirmou.
Ao mesmo tempo, salientou, está-se a dar “mais relevância” à rede de museus que existe espalhada pelo país.
“O território, no seu conjunto precisa de políticas públicas, seja de investimento ou na dimensão de oferta cultural”, sublinhou.
O Museu do Chiado vai ter também um espaço expositivo no Palácio do Pelourinho, na Golegã (Santarém), para onde vai ser transferido o espólio do pintor Veloso Salgado.
A descentralização das coleções de arte do Estado é uma das prioridades que a ministra da Cultura tem reiterado, na sua ação governativa.