Centenas de pessoas encheram o Largo da Capela Nova, no dia 4, para assistirem à apresentação dos candidatos do Partido Socialista, PS, às eleições autárquicas no concelho vila-realense.
Com a convicção que Vila Real necessita urgentemente de mudar de rumo, os oradores da noite sentiram que as próximas eleições poderão ser decisivas para colocar Vila Real “no centro da região, de Portugal e do mundo”.
Rui Santos, candidato a presidente da autarquia, referiu que este projecto é para si um desafio que decidiu abraçar com a forte convicção que poderá fazer mais e melhor pelo concelho. “É para mim uma grande honra protagonizar esta candidatura do Partido Socialista, não na perspectiva de mudar só por mudar a cor do poder, mas sim com a firmeza de quem é capaz de mudar verdadeiramente de rumo, com novas políticas autárquicas”. O candidato rosa reforçou a sua convicção que está acompanhado por uma equipa vencedora e capaz de alcançar o objectivo que passa por “ganhar” em todas as freguesias a que concorrem. “Temos as pessoas, com provas já dadas em vários domínios, que são capazes de governar bem o nosso concelho. São pessoas livres de espírito e de consciência, que actuam, exclusivamente para o bem comum”.
Sendo que Vila Real enfrenta hoje novos desafios, Rui Santos diz que é “preciso orientar e reorientar políticas autárquicas”, nomeadamente na política de emprego, do comércio tradicional, na construção de novos equipamentos e a requalificação dos já existentes, na animação turística, nas condições de vida da população, no ordenamento urbano, e colocar o concelho com uma nova centralidade na região e no Norte do país. “Iremos bater-nos por novas políticas autárquicas capazes de atrair o desenvolvimento da economia, atrair investimento e criar emprego”.
Para criar emprego e atraír investimentos, o candidato promete “transformar Vila Real num território competitivo”, com incentivos para os empresários que criem empresas no concelho, onde serão usados “o IRS, o IMI, a Derrama”, no âmbito da fiscalidade municipal para atraír mais gente, mais investimento e mais serviços.
O comércio tradicional será revitalizado, uma vez que não se pode deixar ‘morrer’ uma actividade que foi fundamental para o crescimento de Vila Real no século passado. “Temos um compromisso como o comércio tradicional, sabemos que enfrenta uma concorrência muito dura e difícil, mas vamos criar mais lugares de estacionamento, incentivar os comerciantes, promover e apoiar programas de animação, criar condições para fixar lojas âncora, como a loja do cidadão, que trarão mais pessoas ao centro da cidade”, garantiu Rui Santos.
O actual responsável pela Segurança Social no distrito acredita que Vila Real tem enormes potencialidades que não pode desperdiçar, a começar pelo turismo. “Temos que aproveitar o facto de sermos a porta de entrada no Douro – Património da Humanidade, o Alvão, o Marão e o Vale da Campeã têm um potencial turístico ímpar”. Adiantando que Vila Real é um concelho de oportunidades com o Palácio de Mateus, nem sempre bem aproveitado, a gastronomia, o artesanato (o bairro preto de Bisalhães ou o linho de Agarez), “tudo isto são produtos que oferecem excelentes oportunidades de negócio, aliadas à excepcional preparação dos recursos humanos ligados à universidade, ao centro hospitalar, aos serviços públicos, às empresas, ao comércio”.
O candidato socialista pretende ainda ver a carta educativa “re-equacionada e verdadeiramente” aplicada. “A rede escolar parou no tempo, com os jardins e escolas do 1.º ciclo abandonadas e desajustadas às actuais realidades escolares. O programa dos centros escolares arrancou tarde e de forma pouco consistente e pouco participada pelos diferentes agentes educativos. É necessário agir rapidamente”, sublinhou.
Quanto à área desportiva, Rui Santos falou do passado, onde focou os equipamentos mal construídos ou mal planificados como é o caso do parque radical, da pista de radiomodelismo e do estádio do Monte da Forca, sendo que totalizaram investimentos na ordem dos 3 milhões de euros, a preços actuais. Se for eleito, promete que as camadas jovens dos clubes passarão “a jogar e a treinar em campos de relva sintética, e as tardes de futebol de sábados e domingos regressarão ao Campo do Calvário”.
Rui Santos reconhece que, pontualmente, o actual executivo municipal fez bons investimentos, fruto das receitas vindas da administração central, onde a autarquia viu crescer “em mais de 150 por cento” as verbas transferidas, sendo que, assim, conseguiu investir e executar mais de 350 milhões de euros. Mas, “infelizmente, também houve erros, omissões e desastres”, onde há algumas freguesias rurais e urbanas que continuam a ter serviços ineficientes. “Existem ainda 12 859 pessoas, 13 freguesias e 87 lugares sem saneamento, e mais de 17 mil pessoas não têm acesso ao tratamento de esgotos. E por estranho que pareça, pagamos as taxas mais altas associadas ao consumo da água, 82 por cento mais caras do que a média do distrito. A rede social é ineficiente e desajustada face à realidade da nossa população”. Comparou ainda o Plano Director Municipal, PDM, a um enredo novelesco. “Há mais de 16 anos que o PDM está em constante revisão, e ainda não foi terminado, mais parece uma novela mexicana”.
Com os investimentos do governo central, previstos para o concelho (A4, A7, túnel do Marão, auto-estrada transmontana e a do Douro Interior), permitirá que 1,2 milhões de pessoas fiquem apenas a 55 minutos de Vila Real. “Temos é que saber minimizar as ameaças e aproveitar as oportunidades, temos os ingredientes, a matéria-prima para sermos um grande concelho”, reafirmou o candidato do PS.
Pedro Silva Pereira, cabeça-de-lista pelo círculo de Vila Real às próximas eleições legislativas, não perdeu a oportunidade para frisar que nos últimos 4 anos, o “PS fez mais investimento no concelho de Vila Real do que o PSD nos últimos 30 anos”, sublinhando os equipamentos sociais, desportivos, e, acima de tudo, as novas infra-estruturas viárias.
Rui Santos confia numa vitória socialista a 11 de Outubro, mas diz que para isso acontecer é necessário mobilizar todas as pessoas, que “estão cansadas destas políticas de passado”, e passar a palavra a todos os vila-realenses, dizendo que há um caminho, há soluções, há vontade e competência de equipas que se colocam à disposição de todos para os servir da melhor forma. “Em 34 anos, os vila-realenses nunca tiveram a coragem de confiar nos protagonistas e nas soluções do PS, julgo que chegou a hora de confiar em nós, chegou a vez de Vila Real mudar e apoiar a equipa do Partido Socialista”, finalizou confiante.
O candidato a presidente da Câmara Municipal, Rui Santos, será acompanhado por Eugénia da Silva Almeida, Henrique Morgado, Francisco Rocha, Doroteia Sequeira de Sousa, Manuel Moras e Helena Gil Coutinho. José João Bianchi, pró-reitor da UTAD, é o candidato a presidente da Assembleia Municipal, acompanhado por José Maria Guedes, Maria Margarida de Carvalho, António Carlos Taveira, Carlos Silva, Maria Adília Ribeiro e José Manuel Rodrigues.
O Partido Socialista apresenta António Martinho como mandatário no Concelho de Vila Real, uma pessoa reconhecida por toda a comunidade, já que foi deputado, governador civil e actualmente é presidente da Entidade Regional de Turismo do Douro.