Quarta-feira, 27 de Setembro de 2023
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Corporação fiel à missão de “ajudar por ajudar e fazer o melhor”

Sendo a segunda corporação criada no concelho de Ribeira de Pena, os Bombeiros Voluntários de Cerva (BVC) abrangem um território com uma dúzia de aldeias e povoados distantes, o que obriga a uma forte dinâmica, que “implica muita rapidez”.

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Um dos maiores desafios passa por “conseguir responder a todas as emergências” para que são solicitados. “Temos duas ambulâncias de emergência, podem estar disponíveis agora, e passados 5 minutos não, porque já estamos noutro serviço”, frisa o comandante da corporação, Carlos Pinto.

Os meios existem, mas os recursos humanos escasseiam, como acontece um pouco por toda a região. “Tivemos uma quebra enorme de pessoas que queiram fazer parte desta causa”, refere. Fazem “o melhor possível”, ainda que “com algum esforço, mas temos condições para proceder ao socorro o mais profissional possível”.

Ainda assim, a corporação tem atualmente 12 estagiários, o que representa “muito trabalho e dedicação para os captar e incentivar a ficar”.

Há cerca de um ano como comandante, destaca o “esforço, a vontade e dedicação das gentes de Cerva para fazerem diferente e melhor, tem sido uma surpresa enorme”. “Tenho um núcleo de homens e mulheres que têm resistido a manter-se fiel a uma causa que é ajudar por ajudar e fazer o melhor”, frisa Carlos Pinto.

Com uma Equipa de Intervenção Permanente durante a semana e uma de voluntários ao fim de semana, garantem o serviço de emergência pré-hospitalar, mas os responsáveis da instituição gostariam de ter um Posto de Emergência Médica (PEM). “Estamos a fazer diligências para tentar que seja possível um acordo com o INEM”, afirmou o presidente da Associação Humanitária, Rui Machado.

“Estamos a fazer diligências para que seja possível ter um Posto de Emergência Médica”
Rui Machado – Presidente

Outras necessidades são substituir os veículos de comando e VTGC, que já têm mais de 30 anos. Considera que o preço pago para transporte de doentes não urgentes, mesmo com o aumento, é insuficiente, tal como em relação ao socorro pré-hospitalar. “Gostaríamos ainda de contar com mais apoio por parte da câmara municipal”, afirma, já que como “não há indústria e a associação tem poucos sócios, só nos conseguimos valer dos apoios da câmara municipal e do Estado”. 

Perante mais uma época de incêndios, o comandante do BVC considera que se “fazem muitos estudos, esquece-se a prevenção, e vocacionamo-nos muito para o combate”. Com falta de efetivo na região, acredita que haverá menos capacidade para a época de incêndios, que perspetiva difícil, e diz que as alterações na proteção civil não são benéficas. “Alto Tâmega e Barroso é a zona do distrito com mais incêndios, quem fazia o reforço eram elementos do sul do distrito. A ‘quinta’ foi dividida e não acredito que a disponibilidade seja a mesma dos elementos da outra sub-região”, sustenta.


Pode consultar o suplemento dedicado aos bombeiros AQUI

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