Terça-feira, 21 de Janeiro de 2025
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Da logística à saúde

O esqueleto do projecto do Centro de Logística, que há mais de dois anos mancha o centro da cidade de Vila Real, já tem destino, irá servir de morada a uma nova Unidade de Saúde Familiar. Na calha está também a criação de uma terceira USF, cuja candidatura está já em fase de análise

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As expectativas são que, ainda este ano, possa entrar em funcionamento a Unidade de Saúde Familiar (USF) Nuno Grande, estando prevista a sua localização junto ao Miracorgo, no edifico antes destinado a receber o Centro Transfronteiriço de Serviços Logísticos.

Carlos Miranda, coordenador da sub-região de saúde, confirmou a aprovação da criação da USF no seio do Centro de Saúde número 1, referindo que o investimento necessário às obras no edifício que vai receber a Unidade, construído de raiz mas que há dois anos viu a sua empreitada parada, deverá ser garantido em parceria com a autarquia.

O mesmo responsável confirmou ainda que já foi apresentada a candidatura para criação de mais uma USF no concelho de Vila Real, formada por profissionais do mesmo centro de Saúde, um processo que ainda está em fase de avaliação.

A primeira USF do concelho começou a funcionar em Dezembro de 2007, no Centro de Saúde número dois (Mateus). Denominada “Fénix”, a unidade conta com nove médicos e serve cerca de 16 mil utentes.

Segundo dados mais recentes da Missão para os Cuidados de Saúde Primários, entidade que tem como um dos seus objectivos “apoiar a reconfiguração dos centros de saúde em unidades de saúde familiar, desempenhando um papel de provedoria das iniciativas dos profissionais”, até ao dia sete, a nível nacional, deram entrada 466 candidaturas para a criação de USF. Actualmente estão em funcionamento 283 unidades, que servem mais de 3,5 milhões de cidadãos.

No que diz respeito ao Centro de Logística, o projecto, que unia os municípios de Vila Real e Benavente, previa a criação de um “espaço de acolhimento de serviços logísticos e empresariais de carácter transfronteiriço” que, orçado inicialmente em quase 3,5 milhões de euros, mereceu mesmo um apoio de fundos comunitários.

Mais de dois anos depois de parada a obra, devido à “falência do empreiteiro”, no final do ano passado a autarquia confirmou, ao Nosso Jornal, a “morte” do projecto e a perda da verba europeia.

Projectado no âmbito da Associação Transfronteiriça de Municípios “Cidades Porta de Fronteira”, o Centro parou definitivamente no tempo quando, em finais de Maio de 2008, foi confirmado o processo de “insolvência” da empresa responsável pelas obras.

Na altura, o Tribunal de Comércio de Vila Nova de Gaia proferiu “a sentença de declaração de insolvência” da empresa “Quelhas S.A”, responsável pela obra de construção do Centro Transfronteiriço de Serviços Logísticos, um projecto de recuperação do edifício orçado em quase 600 mil euros.

 

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