Em declarações aos jornalistas na cidade da Praia, o chefe de Estado sublinhou que a morte do estudante faz parte de fenómenos sociais de "grande emotividade", por ser "brutal, de contornos raros e surpresos".
Por isso, considerou "normal" a revolta das pessoas, dentro e fora de Cabo Verde, mas salientou ser importante acreditar que a justiça será feita.
"A justiça é um processo, vai ter o seu curso, é um processo criminal, tem fases de investigação, terá o inquérito, depois haverá acusação, eventualmente abertura de instrução, pronúncia, julgamentos, e, portanto, é aguardarmos com confiança, serenidade, que as coisas decorram bem e que a justiça adequada seja feita, seja realizada", afirmou.
O estudante cabo-verdiano, de 21 anos, natural da ilha do Fogo, morreu a 31 de dezembro, 10 dias após agressões à saída de um bar, na cidade de Bragança.
As cerimónias fúnebres aconteceram no sábado, um dia após a Polícia Judiciária portuguesa ter anunciado a detenção de cinco suspeitos das agressões, que ficaram em prisão preventiva depois de serem ouvidos em tribunal, indiciados por um crime de homicídio qualificado e três de tentativa de homicídio.