Sexta-feira, 6 de Dezembro de 2024
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Distrito com meios de combate idênticos aos do ano passado

Dentro de exactamente um mês entra em vigor a Fase Bravo, a segunda mais crítica no que diz respeito à ocorrência de fogos florestais. Apesar do dispositivo ainda estar a ser trabalhado pelos vários agentes envolvidos, já se pode confirmar a manutenção dos meios humanos e materiais relativamente ao ano passado.

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“O ano passado foi difícil mas com um grande capacidade de resposta por parte dos meios disponíveis”, sublinhou Alexandre Chaves, Governador Civil de Vila Real, confirmando, ao Nosso Jornal, que o número de homens, viaturas e meios aéreos previsto no Plano Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios para o distrito deverá ser idêntico ao do ano passado.

O mesmo responsável político revelou que “está a ser preparado o dispositivo” para a Fase Bravo que, a decorrer entre o dia 15 de Maio e até 30 de Junho, representa o segundo período mais preocupante depois da Fase Charlie.

Até à hora de fecho desta edição não foi possível recolher os dados relativos ao número de incêndios e área ardida já registados este ano, no entanto, de recordar que no ano passado, durante a Fase Delta, que corresponde ao período desde o início do ano até ao dia 15 de Maio, o distrito já batia recordes nacionais ao registar o maior número de fogos florestais (523) e, de longe, a maior área ardida (4.026 hectares).

Relativamente ao dispositivo desenvolvido em 2009, a Fase Bravo contou com o empenho de 1060 homens apoiados por 250 viaturas e três helicópteros, sendo de destacar a forte aposta na detecção dos incêndios, que fez de Vila Real o distrito com mais postos de vigia do país, com um total de 26.

No ano passado, o distrito foi também alvo de um reforço ao nível de homens com a criação das nove Equipas de Intervenção Permanente dos corpos de bombeiros, que entraram em acção durante a Fase Charlie, e a constituição de mais duas equipas de sapadores florestais (31 no total), colocando assim Vila Real na linha da frente “dos distritos com mais equipas de sapadores no terreno”.

Segundo dados da Autoridade Florestal Nacional, em 2009, em todo o território nacional, foram detectados cerca de seis mil fogos florestais e 18 mil fogachos (área ardida inferior a um hectare), somando um total de área florestal ardida de perto de 83 mil hectares. Vila Real destacou-se pela negativa, posicionando-se em primeiro lugar quando se fala no número de incêndios e em segundo no que diz respeito a área ardida, sendo antecedido apenas pelo distrito da Guarda.

O distrito vila-realense também é aquele que mais vezes aparece na lista de incêndios de grandes dimensões (com área ardida igual ou superior a 100 hectares), que representaram 59 por cento do total de fogos registados em Portugal.

De sublinhar que, a Agência para a Prevenção de Incêndios Florestais já disponibilizou a Proposta Técnica de Plano Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios, que tem como objectivos: “aumentar a capacidade de resistência do território aos incêndios florestais; promover a Gestão Florestal e intervir preventivamente em áreas estratégicas; envolver e responsabilizar as comunidades e os decisores; reduzir a incidência dos incêndios; educar e sensibilizar as populações; reforçar a capacidade de dissuasão e fiscalização; melhorar a eficácia e eficiência do ataque e gestão de incêndios; recuperar e reabilitar os ecossistemas e as comunidades e garantir o apoio logístico e humanitário de emergência às áreas ardidas”, entre outros.

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