Quarta-feira, 22 de Janeiro de 2025
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Distritos transmontanos entre os mais afectados pelos incêndios florestais

Vila Real já somou, até ao final de Julho, 180 incêndios florestais, posicionando-se, a par com Braga, como o distrito com maior número de ocorrências. Já no caso de Bragança, o destaque vai para os seus 1.127 hectares de área ardida, nos primeiros sete meses deste ano.   Foi divulgado, no dia sete, mais um […]

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Vila Real já somou, até ao final de Julho, 180 incêndios florestais, posicionando-se, a par com Braga, como o distrito com maior número de ocorrências. Já no caso de Bragança, o destaque vai para os seus 1.127 hectares de área ardida, nos primeiros sete meses deste ano.

 

Foi divulgado, no dia sete, mais um Relatório Provisório de Incêndios Florestais, desta feita reportado ao intervalo entre 1 de Janeiro e 31 de Julho, um documento da responsabilidade de Direcção Geral de Recursos Florestais (DGRF) que coloca Vila Real no primeiro lugar, no que diz respeito ao número de incêndios florestais, retratando Bragança como o distrito com mais área ardida.

Segundo o mesmo documento, o distrito brigantino soma já 1.125 hectares de área ardida, da qual cerca de 79 por cento correspondente a zonas de mato, seguido de Braga, onde as chamas já consumiram 998 hectares.

O distrito vila-realense aparece, no balanço provisório, a liderar o “ranking”, no que diz respeito ao número de incêndios florestais, uma posição que partilha com Braga, sendo que ambos os distritos registaram, até ao final de Julho, 180 incêndios florestais.

Relativamente à soma do número de incêndios florestais e fogachos (incêndios com área ardida inferior a um hectare) o líder passa a ser o Distrito do Porto que, até ao final do mês passado, já somou 1.067 ocorrências, enquanto Vila Real se ficou pelas 444.

No total, a nível nacional, foram contabilizadas “6.209 ocorrências (1.188 incêndios florestais e 5.021 fogachos) que afectaram uma área total de 6.049 ha, entre povoamentos (2.013 ha) e matos (4.036 ha)”.

O documento da DGRF concluiu que, segundo o histórico dos últimos dez anos, do total de ocorrências e área ardida, até 31 de Julho, “o total de ocorrências e áreas ardidas de 2008 é inferior a valores de anos anteriores, à excepção de 2007. Comparando os registos do corrente ano com os valores médios do decénio anterior, registaram-se menos 6.031 ocorrências, tendo ardido menos 45.930 ha, correspondendo os valores do presente ano a 51% e 12% dos valores médios das ocorrências e área ardida dos últimos dez anos (até 31 de Julho)”.

Comparando 2008 ao ano passado, de registar que, até Julho deste ano, já se registaram mais 1.854 ocorrências que em todo o ano de 2007, enquanto, quando se fala de área ardida, o ano em curso também já ultrapassou o ano transacto, em mais de 1.500 hectares.

De recordar que o Sistema Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios (SNDFCI) determinou a vigência do período crítico de risco (Fase “Charlie”) até ao dia 15 de Outubro, sendo que, até essa data, o distrito conta com 18 equipas de combate a incêndios, num total de 839 homens e mulheres, apoiados por 63 viaturas, três helicópteros, dois aviões ligeiros e contando com 104 postos de vigia, tudo isso para salvaguardar os 430 mil hectares de floresta, no distrito vila-realense.

 

Maria Meireles

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