Segundo o “Anuário Financeiro do Municípios Portugueses”, apresentado recentemente pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, a Empresa Municipal de Água e Resíduos de Vila Real ocupa a nona posição no ranking das “Empresas e Serviços Municipalizados com piores Resultados Económicos em 2008”.
Segundo o documento, “verifica-se que 99 empresas e serviços municipalizados apresentam resultados líquidos negativos”, cifrando-se o resultado da EMAR em mais de 1,2 milhões de euros negativos, e cabendo o primeiro lugar do ranking à SATU – Empresa Municipal Oeiras, que apresenta um resultado superior a 3,6 milhões negativos.
No que diz respeito às empresas municipais vila-realenses, de destacar que a EMAR volta a aparecer, desta vez na 27ª posição, quando se fala em endividamento líquido (5 milhões e 768 mil euros), sendo imediatamente seguida pela empresa Vila Real Social, que mantém a posição seguinte, com um endividamento superior a 5 milhões e 560 mil euros.
Relativamente às outras duas, a Culturval – Gestão De Equipamentos Culturais de Vila Real e a MERVAL – Empresa Municipal de Gestão de Mercados e Promoção de Projectos de Desenvolvimento Local, estas incluem-se no rol das 132 “Empresas Municipais e Serviços Municipalizados sem endividamento líquido no final do exercício de 2008”.
Contactado pelo Nosso Jornal, Miguel Esteves, vereador da Câmara Municipal e presidente do conselho de administração da EMAR, não prestou quaisquer declarações alegando não conhecer o documento em causa.
Registando um aumento do passivo exigível superior a 5,2 milhões de euros, Vila Real aparece na 22ª posição entre os “Municípios com maior aumento do Passivo Exigível em relação a 2007”.
O Anuário Financeiro do Municípios Portugueses mostra que, em 2008, Vila Real apresentou um total de custos autárquicos de 22 milhões de euros, um total de proveitos de 23 milhões e um passivo exigível de mais de 19,9 milhões.
Alijó aparece nos rankings também pela negativa ao colocar-se no terceiro lugar da listagem dos “Municípios de Pequena Dimensão com um valor de dívidas a fornecedores superior a 50 por cento das receitas totais”, ranking no qual aparecem ainda os concelhos de Valpaços e Mesão Frio.
O município de Alijó volta a surgir, desta vez na quinta posição, entre os “municípios com maior índice de dívida a fornecedores, relativamente às receitas totais cobradas no ano anterior”, colocando-se Mondim de Basto na 11ª posição do mesmo ranking.
O documento elaborado pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas “baseia- -se nas contas de 2008 dos 308 municípios, incluindo informação económica e financeira das entidades do sector empresarial local existentes em 2008 (num total de 219 empresas). Inclui ainda informação referente a 30 serviços municipalizados (num universo de 33)”.
No geral, conclui-se que as receitas das autarquias aumentaram 312,8 milhões de euros, em 2008, o que não impediu o agravamento do total das dívidas, sendo de destacar Lisboa, Vila Nova de Gaia e Porto como os maiores devedores, respectivamente.