Quarta-feira, 4 de Dezembro de 2024
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Empate traduziu equilíbrio

Quinto empate do Vila Real, no presente campeonato, ficando no ar algumas preocupações, para os seus técnicos e dirigentes. A equipa continua a demonstrar um fraco poder de finalização e as vitórias andam arredias. Nos últimos três jogos, a equipa não marcou, sequer, um golo. Certo que também não sofreu, mas, no futebol, é preciso […]

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Quinto empate do Vila Real, no presente campeonato, ficando no ar algumas preocupações, para os seus técnicos e dirigentes. A equipa continua a demonstrar um fraco poder de finalização e as vitórias andam arredias. Nos últimos três jogos, a equipa não marcou, sequer, um golo. Certo que também não sofreu, mas, no futebol, é preciso marcar golos, para se vencerem as partidas. Esta realidade foi patente, neste prélio, diante do Aliados de Lordelo. O “Bila”, por vezes, conseguiu fluir o seu futebol, mas, na hora da verdade, foi ineficaz e demonstrou muitas dificuldades, no seu ataque. Não invalida isto o remate de Celestino, ao poste esquerdo da baliza de César, aos 81 minutos, num remate de surpresa, de fora da área, ou a excelente triangulação, aos 19 minutos, entre Amarildo, Celestino e Armindo, com este, bem enquadrado com a baliza, a rematar por cima (a melhor jogada de ataque do Vila Real). Ou, mesmo, um remate de Zeferino, aos 24 minutos, obrigando César a um excelente “golpe de rins”. A vontade dos seus jogadores em fazer o melhor é nítida, mas as coisas não têm saído bem. Para nós, a maior pecha está na frente ofensiva (óbvio) da equipa. A defesa “alvi-negra”, muito bem comandada por Zé Monteiro (mais uma boa exibição) vai chegando para as encomendas. No meio campo, apesar da valia dos seus intérpretes, falta alguma velocidade e dinâmica. E enquanto o “pulmão” de Armindo durar, as coisas não estão mal de todo, mas, depois, complicam-se, ficando só, praticamente, Filipe Lemos, a empunhar a batuta, quando o”Bila” se balanceia para o ataque. O ataque foi o que se viu, frente ao Aliados. Amarildo, desinspirado e com “poucos pés”; Zeferino, aqui e acolá, com uns arranques, mas inconstante; e Celestino, o melhor elemento, incisivo, veloz, mas os seus piques e fintas, às vezes, “para adepto ver”, revelando-se inconsequentes, pelo que o colectivo sai lesado.

Quanto ao jogo, em si, o primeiro sinal de algum perigo foi dado por Kipulo, aos 11 minutos, num remate, com algum perigo. Responderia a equipa da casa, com Amarildo, de cabeça, a tentar surpreender César, depois de um cruzamento de Zeferino, do lado direito. O jogo, nos minutos iniciais, era de relativo equilíbrio. Ambas as equipas se encaixaram uma na outra e as oportunidades não apareciam. Até que surgiu a tal triangulação, sem dúvida a “jogada mais” deste encontro. Entre os 15 e os 28 minutos, a equipa local exerceu forte ascendente, sobre o seu adversário. Celestino obrigou César a executar uma excelente estirada, através de um remate, desferido fora da área, com o esférico a bater, ainda, em Lalas, quase traindo o seu “keeper”.

Um contratempo complicou as contas de Luís Pimentel: Cannigia lesionou-se e cedeu o lugar a Daniel. Mais uma lesão, a juntar a outras que fustigam a equipa da casa. Aliás, Vieira e Igor, também tiveram mazelas, mas conseguiram acabar a partida.

O Aliados começou, à passagem da meia hora, a tomar conta do jogo, no meio campo. Contudo, o seu futebol, de maior ascendente e mais burilado, esbarrava, sempre, na bem organizada defesa contrária. Porém, dois lances aconteceram, com sinal de perigo: Quim, aos 28 minutos, solicitado a um cruzamento do lado esquerdo, rematou, às malhas laterais; e um cabeceamento de André fez com que Vieira, aos 41 minutos, demonstrasse atenção e valor. Apesar do Aliados querer continuar com a toada do final da primeira parte, seria o Vila Real a ter nos pés duas ocasiões com algum perigo. Zeferino rematou, por cima, depois de uma assistência, e um remate de Filipe Lemos saiu poucos centímetros ao lado do poste de César. A partir dos quinze minutos da segunda parte, o Aliados dominou mais um pouco, aproveitando as dificuldades de transposição de jogo entre os sectores que o “Bila” exibia. Quim, aos 63 minutos, apareceu, do lado direito, sozinho, diante de Vieira, rematando, cruzado, saindo a bola quase rente ao poste. Porém, o “Bila” criou, também, algum perigo. Aos 70 minutos, Zeferino serviu, de bandeja, o esférico a Amarildo que alvejou a baliza, mas este acertou na bola, de raspão. Já na parte final do jogo e com a turma forasteira mais pressionante, surgiu o remate de Celestino, ao ferro, desperdiçando o Aliados, de seguida, uma boa ocasião, mas, aqui, o mérito vai inteiro para Vieira que se opôs, com muita categoria, a remates de Quim e de Carlitos.

Mesmo no cair do pano e aproveitando o facto dos locais estarem a jogar com menos um jogador e ter alguns outros diminuídos, fisicamente, o Aliados tentou chegar ao golo. Tiago Carvalho viria a desperdiçar a última oportunidade, depois de surgir isolado, frente a Vieira.

O empate com golos seria o resultado mais lógico deste encontro, cujo árbitro bracarense esteve em bom nível.

 

José Manuel Cardoso

 

 

OPINIÃO

 

Luís Pimentel: Durante os noventa minutos fomos sempre a melhor equipa. Nos acabamos a jogar com oito, depois das lesões de Igor e Palmeira, mas mesmo assim fomos até aos últimos minutos de compensação realmente o melhor conjunto. Tivemos mais oportunidades, nomeadamente o remate de Celestino, se entra tínhamos ganho o jogo e penso por aquilo que fizemos e sofremos merecíamos ganhar. Lembro que tínhamos o Lemos, o Armindo, o Vieira, Palmeira e Daniel fizeram o seu primeiro jogo desde há seis meses, tudo isto pesou na dinâmica da equipa, mas mesmo assim, julgo que fomos superiores a melhor equipa que passou esta época no Monte da Forca e com bocadinho de sorte e com a qualidade de futebol que apresentamos poderia aceitar-se bem a vitória. Porém no futebol é preciso marcar e construir, e neste aspecto está-nos a faltar também uma pontinha que é preciso para ganhar os jogos. Para Leça, vamos formar um conjunto que possa ir buscar pontos. Em seis jogos só perdemos uma vez, temos qualidade, e vamos tentar fazer melhor.

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