“Estamos perante um ponto de partida”, sublinhou Pires Cabral, responsável pelo Grémio Literário Vila-Realense que, instalado no edifício da Biblioteca Municipal, ainda anseia pelo espólio literário que o transformará num centro de investigação e divulgação da literatura transmontana.
Com o objectivo de representar um local de estudo e divulgação da literatura transmontano-duriense, nasceu o Grémio Literário Vila-Realense, um espaço que, inaugurado no dia 11, espera, ainda, pelo apoio da autarquia e da população, em geral, para fazer crescer o seu espólio bibliográfico.
“Deixo o recado à Câmara Municipal de Vila Real, para que, nos orçamentos futuros, contemple o Grémio Literário”, adiantou Pires Cabral, responsável pelo espaço recém inaugurado que ainda tem a maior parte das suas estantes por preencher.
Pires Cabral deixou também um apelo à população vila-realense, referindo que “se cada um oferecesse um livro, poderíamos aconchegar um pouco mais as prateleiras do Grémio”.
Com três gabinetes de investigação, o Grémio pretende constituir-se como um observatório da literatura transmontana e alto duriense, esperando que venha a representar uma paragem obrigatória na investigação, sobre a região.
Manuel Martins realçou a importância do Grémio, sublinhando o facto deste ser único, no país, e de ser mais um passo, para fechar o ciclo de investimentos da autarquia, na Cultura. No entanto, o edil voltou a mostrar a sua mágoa, relativamente ao fim das Capitais Nacionais da Cultura, um programa para o qual Vila Real tinha apresentado uma candidatura.
“Fizemos um grande esforço, nos últimos anos, para receber esta pequena prenda”, recordou Manuel Martins, lamentando que a capital de distrito vila-realense não venha a ser Capital Nacional da Cultura, em 2007.
Relativamente aos projectos da autarquia, no âmbito da Cultura, Manuel Martins explicou que o Grémio não constitui um ponto final, uma vez que se encontra em curso a construção do Centro de Interpretação Arqueológica da Vila Velha, obra inicialmente programada à luz do Polis e que deverá ficar concluída, no espaço de um ano.
A cerimónia contou com uma homenagem ao escritor Alberto Sousa Costa e Emília de Sousa Costa, com apresentação de uma exposição do fundo documental e distribuição do respectivo catálogo e uma intervenção de João Bigotte Chorão e Frederico Amaral Neves, sobre Sousa Costa.
Os vila-realenses puderam, também, apreciar uma “pequena mostra, alusiva às páginas sobre Vila Real, no “Guia de Portugal” de Sant’Anna Dionísio”, organizada no Gabinete de Leitura, e assistir, ainda, à apresentação das “Novelas do Minho”, de Camilo Castelo Branco, edição da Editora Caixotim, por Luís da Silva Pereira.
Maria Meireles