Está prestes a acontecer mais uma edição da Feira de São Pedro. Quais são as expectativas para este ano?
Esta feira surge porque um grupo de pessoas se juntou e acabou por dar origem aos “Amigos de São Pedro”, mas depois foi necessário juntar a parte empresarial. Ao longo dos anos foram feitas algumas melhorias, desde logo com a construção das naves atuais, que já começam a ser pequenas. Para a edição deste ano, as expectativas são boas. Vamos voltar ao formato habitual de oito dias, que nos parece ser o melhor modelo. Temos muita adesão por parte dos expositores e esperamos que o mesmo aconteça por parte do público, até porque o cartaz também está apelativo.
Quantos expositores estarão presentes?
Serão entre 190 a 200, desde o artesanato, ao setor automóvel, passando pela restauração e pela agricultura. O que nos vão dizendo, ao longo das várias edições, é que esta feira é uma grande oportunidade de negócio.
E em termos de visitantes, quais são as expectativas?
O cartaz está apelativo e há alguns dias em que a adesão será maior, mas a expectativa é que passem pelo recinto cerca de 10 mil pessoas por dia. Há depois outros atrativos como a primeira edição da AgroSummit, que vai contar com conferências e exposição de produtos, que permitirá uma troca de experiências entre produtores de várias áreas.
Enquanto presidente da associação, como está Macedo de Cavaleiros no que diz respeito ao setor empresarial?
É um setor bastante diversificado, mas maioritariamente direcionado para a parte agrícola. É um setor com vários serviços e pouca indústria, mas temos mais de cinco mil empresas, cujo volume de faturação tem um grande impacto no distrito. Estamos no centro do nordeste transmontano, que acaba por ser uma vantagem, até porque estamos no cruzamento da A4 e do IP2.
Quais são os grandes desafios do setor?
Desde logo a falta de mão de obra, que não ajuda a valorizar as empresas a nível de competitividade, porque não conseguem evoluir, com medo de falhar. É importante que haja investimento para fixar pessoas no interior, porque do lado dos empresários eles continuam de pé firme e, apesar de investirem em outros concelhos, não abandonam Macedo de Cavaleiros.
Quantos associados têm?
São à volta de 400 associados e é um número que tem vindo a aumentar, isto porque temos criado algumas iniciativas relativamente ao apoio. Temos sócios de Macedo de Cavaleiros, mas também de outros concelhos. Prestamos apoio, por exemplo, na área formativa, de forma gratuita e ajudamos os empresários em termos jurídicos também. Muitos deles não sabem as ajudas que têm à sua disposição e nós ajudamos nesse sentido. Vamos ter agora novos projetos, aos quais se vão poder candidatar, e vamos fazer sessões de esclarecimento para que possam tirar dúvidas e perceber o que têm à sua disposição. E dou um exemplo, a interioridade tem uma majoração que ajuda muito em termos de apoios. Além disso, promovemos as Montras de Natal, que têm tido cada vez mais adesão, dando mais dinâmica aos estabelecimentos.