Mais de uma década depois da sua primeira edição, o Festival Aéreo de Vila Real regressa à capital de distrito transmontana, com um conjunto de iniciativas, entre as quais se destacam, obviamente, as exibições acrobáticas de várias aeronaves. O Festival traz ainda outra boa-nova: as tão esperadas obras de ampliação da pista do Aeródromo vila-realense que deverão estar, no terreno, dentro de “dois ou três meses”.
Nos dias 12 e 13 de Maio, os céus de Vila Real vão ser palco de um Festival Aéreo que promete reunir milhares de aficionados da aeronáutica de todo o país e fazer as delícias dos vila-realenses que poderão assistir a exibições acrobáticas, a uma prova da Taça de Portugal de Pára-quedismo, a exposições e, até, mesmo, experimentar as sensações de pilotar um F16, num simulador de voo.
Sobre a primeira edição, realizada em 1985, Manuel Martins, Presidente da Câmara Municipal de Vila Real, recordou que “ficou sempre a ideia de que era uma organização que se deveria repetir”, dado o sucesso registado, na altura.
Doze anos depois, em colaboração com a Força Aérea Portuguesa, Vila Real vai voltar a sentir as emoções das exibições de aeronaves, como os “Rotores de Portugal”, os F-16, os CASA C-212 Aviocar e os Pitts S2B Special, entre outros modelos.
Para além dos voos de demonstração dos aviões participantes no festival, o evento vai contar com a realização de mais uma prova da Taça de Portugal de Pára-quedismo, na sua modalidade de precisão em aterragem, tudo no Aeródromo de Vila Real que, segundo o autarca vila-realense, “dentro de dois ou três meses”, vai ser alvo das esperadas obras de aumento da pista e de recuperação das suas infra-estruturas.
“Ainda não está decidido se a pista será aumentada em 300 metros na sua direcção actual ou se será desviada, ligeiramente, 30 graus a noroeste, o que permitirá a sua extensão total por 1800 metros”, esclareceu Manuel Martins, referindo que, embora não haja valores conhecidos, os orçamentos para as duas situações são muito próximos.
Contando, actualmente, com apenas 900 metros de extensão de pista, o Aeródromo de Vila Real só pode receber aeronaves até 19 passageiros. Com a ampliação para 1200 metros, poderá ser utilizada por aviões com mais de 50 lugares, um número que duplica, na hipótese de a pista atingir os 1800 metros de comprimento.
Depois de acrescentada a pista, a prioridade, segundo o edil, será a beneficiação da torre de controlo que, ao contrário do que teria sido avançado, anteriormente, manterá a sua localização actual.
A fase final da recuperação do Aeródromo contará com uma série de obras no seu espaço envolvente e nos acessos, com a criação de um parque de estacionamento mais organizado e com a melhoria da iluminação, entre outras intervenções.
O festival vai estender-se à cidade, com a realização de exposições estáticas da Força Aérea Portuguesa, na Praça do Município e no Dolce Vita Douro, onde, também, haverá um simulador de voo, à disposição de quem queira sentir as emoções de voar num F-16.
Maria Meireles