Segundo o comandante, “o ingresso à carreira demora muito, cerca de um ano”, o que faz com que “muitos acabem por desistir”. A pensar nisso, “temos uma escola de bombeiros, de onde já saíram 17 bombeiros. Nós damos a formação geral, mas a prova final tem de ser em Izeda”.
E apesar de ser cada vez mais difícil encontrar quem queira ingressar nesta vida, em Alfândega da Fé são 64 os bombeiros no corpo ativo e “somos muito procurados”, revela Nuno Camelo.
Ainda sobre as obras no quartel, foi possível “dar melhores condições aos bombeiros, com o alargamento das camaratas, que só davam para 10 elementos, no máximo. Agora temos três camaratas masculinas e uma feminina, com balneários independentes”.
“A nossa missão é ajudar a população, as pessoas contam connosco para isso”
NUNO CAMELO – COMANDANTE
A isto junta-se o crescimento do parque de viaturas. “Nós ficávamos muito aquém das restantes corporações”, confessa o comandante, destacando a oferta, este ano, de um camião cisterna por parte da Associação Portuguesa do Ambiente, “com capacidade para 27 mil litros de água”. Recentemente, foi também adquirida “uma autoescada, com 18 metros de altura e que era uma necessidade, uma vez que no concelho já começamos a ter alguns prédios”.
Questionado sobre as principais dificuldades destes bombeiros, Nuno Camelo aponta para o transporte de doentes, principalmente pelas distâncias percorridas. “Atualmente, temos viagens para o Porto todos os dias e em alguns deles mais que uma vez. Estamos a falar de um maior desgaste das viaturas e de mais gastos com combustível”.
Apesar de tudo, “a nossa missão é ajudar a população, as pessoas contam connosco para isso. Nas nossas aldeias, cada vez mais desertificadas, se não for um bombeiro a aparecer e a dar uma palavra de conforto, não há ninguém que o faça”.
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