A trabalhadora em causa, Fátima Moutinho, que é também delegada sindical, estava na Pousada de Alijó há 12 anos e recebeu a carta de despedimento na semana passada, alegadamente por se ter recusado ir trabalhar para a Pousada da Caniçada, na zona do Gerês. “Não fui por motivos familiares e também pelo facto de ir perder um trabalho, em regime de part-time, que tenho na Adega de Favaios. Ainda por cima, o meu salário é o único do agregado familiar. Ora, se fosse para o Gerês tinha de abandonar a minha filha, o meu marido e ainda ficar privada de auferir mais algum dinheiro ao fim do mês, porque o vencimento que tenho na Pousada não é suficiente. Esta decisão mostra falta de sensibilização e de humanismo da empresa”, concluiu.
Perante esta decisão, Fátima Moutinho entregou, anteontem, no Tribunal de Trabalho de Vila Real um pedido de impugnação e de contestação da decisão do Grupo Pestana. Francisco Figueiredo garantiu, ao Nosso Jornal, que “o Sindicato irá acompanhar todo o processo e irá defender os interesses da trabalhadora, vítima de uma decisão injustificada e lesiva dos direitos fundamentais de qualquer trabalhador”.
Em tempo útil não foi possível ouvir uma reacção da empresa sobre este caso.
Recorde-se que o Grupo Pestana prometeu a reabertura da Pousada de Alijó até 31 de Março e que os 13 funcionários iriam manter os seus postos de trabalho. No ano passado, aquela unidade fechou para obras, durante a época baixa.