Foi inaugurada, no dia 21 de Agosto, uma das obras mais ansiadas por populações locais há mais de duas décadas.
Indispensável para agricultores que desaguam nas cooperativas valpacenses a azeitona e a uva, a estrada que liga Miradeses, no concelho de Mirandela, e Rio Torto, no concelho de Valpaços, e estas também à variante da EN 213, que liga os dois concelhos, é agora uma realidade.
Na margem do Rabaçal, o presidente da Câmara Municipal de Valpaços, Francisco Tavares, lembrou o esforço de populações e autarcas para que a obra fosse possível. De olhar no futuro, o autarca mostrou disponibilidade para se empenhar em dois novos desafios, a requalificação da ponte que liga as duas margens do rio, naquele local de união, e um possível Parque de Campismo para aquela zona do concelho.
Luís Batista, presidente da Junta de Freguesia de Rio Torto, referiu que pelo “bem-estar social” que a nova via proporciona às populações. “Estamos a viver um dos momentos mais importantes dos últimos anos para a freguesia de Rio Torto”. O autarca explicou que se trata já de “uma promessa do tempo de Durão Barroso que é agora cumprida”.
A via que servirá várias povoações como de Miradeses, Vale de Salgueiro, Cabanelas, Valongo das Meadas, entre outras, é, segundo Paulo Ribeiro, Presidente da Direcção da Cooperativa de Olivicultores de Valpaços, “motivo de orgulho”, uma vez que “proporcionará uma união mais forte e próspera dos nossos agricultores”, ao mesmo tempo que “diminui distâncias e custos e aumenta a rapidez do transporte de produtos”.
Para Alexandre Chaves, Governador Civil de Vila Real, a nova via “é mais do que uma ligação entre estas duas comunidades. É um símbolo de progresso e desenvolvimento para estas duas comunidades. Hoje, mesmo a economia rural, tem que viver numa perspectiva de integração de espaços, para que seja possível qualidade”.
Quem esteve em representação das gentes de Miradeses foi o cónego Silvério que referiu ser dia de “festa intermunicipal”, com um “desejo de longa data concretizado”.
A obra representa um investimento cujo montante global rondou o milhão e meio de euros, comparticipado em 70 por cento por fundos comunitários.