Terça-feira, 10 de Dezembro de 2024
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Jazz regressa ao Douro em época de vindimas

Oitenta músicos de cinco nacionalidades vão garantir 65 concertos em mais uma edição do festival que dá música à época de vindimas. Além dos concertos, o festival vai, este ano, apostar no serviço educativo ao levar o jazz, na sua vertente mais festiva, às várias escolas da região.

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Na sua sétima edição, o Douro Jazz, que começa amanhã e vai dar música à Região Demarcada mais antiga do Mundo durante um mês, vai este ano invadir escolas, ao levar o Jazz a centenas de jovens do ensino básico e secundário.

Além de associar a música à época das vindimas, o Douro Jazz vai ‘aproveitar’ a sua simultaneidade com o início do ano escolar para levar também aquele estilo, na sua vertente mais festiva, o dixieland, a quatro estabelecimentos de ensino dos concelhos de Vila Real e Lamego, uma iniciativa que, com um enquadramento pedagógico, responde à aposta da formação de novos públicos.

“Trata-se de uma aposta ganha a de levar o jazz mais perto das pessoas e dos jovens”, explicou Vítor Nogueira, director do Teatro de Vila Real referindo-se não só à novidade desta edição, a iniciativa denominada “O Douro Jazz nas escolas”, mas também às arruadas que, mais uma vez, vão levar o jazz ao centro histórico das quatro cidade parceiras na organização do festival, nomeadamente Vila Real, Bragança, Chaves e São João da Pesqueira.

Outra novidade desta edição é a exclusão do Peso da Régua, nomeadamente do Museu do Douro, da rede de organizadores do festival, uma situação que se deveu à falta de condições por parte daquela entidade para suportar financeiramente a sua parte da organização.

Assim, durante um mês, o festival que tem como concerto inaugural o espectáculo dos ingleses SK Radicals, no Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego, e encerrará, em Vila Real e Bragança, com os concertos, em simultâneo, do cabeça-de-cartaz desta edição Al Di Meola, e de Peter Bernstein, respectivamente, espera receber mais de 11 mil espectadores.

Além de trazer à região 80 músicos provenientes de cinco países em 65 concertos, cuja bilheteira varia entre entradas gratuitas e os 20 euros, o Douro Jazz apresenta mais uma vez uma programação complementar que inclui uma Feira de Objectos Culturais, aberta todos os sábados durante o mês do festival, e a itinerância de sete exposições bibliográficas que, dinamizadas no âmbito do projecto “O Douro nos caminhos da literatura”, desenvolvido pela Direcção Regional da Cultura do Norte, “narram a vida e a obra de sete escritores que dedicaram à região uma parte significativa da sua produção literária”. De sublinhar ainda, o lançamento de mais uma colheita do Vinho Douro Jazz.

“Temos um festival consolidado”, uma organização consistente que existe graças “à sua estrutura de rede e economia de escala”, defendeu Vítor Nogueira, mostrando-se satisfeito pelo facto do Douro Jazz, apesar da crise financeira vivida no país, conseguir manter o nível de edições anteriores, quantitativa e qualitativamente.

Com um orçamento, “curto para o que está programado, mas simpático tendo em conta o momento vivido”, o director do Teatro de Vila Real deixou a garantia de que, “se os fundos comunitários acabassem amanhã”, o festival manter-se-ia de pé, tendo em conta que se pode considerar hoje como auto-sustentável.

“Estamos a falar do maior festival de Jazz de Portugal”, sublinhou Helena Genésio, directora do Teatro de Bragança, explicando que, naquele concelho, o Douro Jazz vai começar 15 dias depois, exactamente devido ao facto de na zona da Terra Fria o início das vindimas ser também mais tarde.

A mesma responsável sublinhou que o festival é o primeiro da nova época cultural e traz “um fôlego que acompanha a restante programação dos teatros”.

Além do americano Al Di Meola, o cabeça-de-cartaz desta edição, o festival conta ainda com: Santos/Melo Quartet featuring Peter Bernstein (EUA), Biel Ballester Trio (Espanha), The Quentin Collins Trio (Inglaterra), The Postcard Brass Band (Portugal), Transa Atlântica convida Tato de Moraes (Uruguai), SK Radicals (Inglaterra), Suzie´s Velvet (Portugal), Grupo vocal Jogo de Damas (Portugal) e The Soaked Lamb (Portugal).

Os espectáculos estão marcados para o Teatro de Vila Real, o Teatro Municipal de Bragança, o Teatro Ribeiro Conceição (Lamego), o Centro Cultural de Chaves e o Cine-Teatro João Costa (S. João da Pesqueira).

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