Ainda estamos no início do mês, mas já existe alguma confiança na concretização dos trabalhos previstos que possibilitem a reabertura em Setembro de 2010 da circulação ferroviária. Um dos municípios atentos à promessa governamental é a Câmara de Peso da Régua. O vice-presidente, Mário Mesquita Montes, embora admita não ter conhecimento oficial do que se passa, reconhece, aquilo que tem visto até agora “são apenas alguns trabalhos de manutenção”. Contudo, acredita “na garantia dada pela secretaria de Estado dos Transportes, Ana Paulo Vitorino. “Estamos numa posição de expectativa para ver o que vai acontecer. Ainda estamos no princípio do mês e também é verdade que os concursos e procedimentos normais levam sempre algum tempo. Temos que dar alguma folga nesta matéria ao Governo para ver se cumpre o que está agendado, mas iremos estar atentos ao que se vai passar. Nem quero acreditar que possa haver algum desvio”, acrescentou.
A Câmara Municipal de Peso da Régua considera “que a linha do Corgo é estrategicamente importante para o desenvolvimento de duas valências importantes, o turismo e a componente social”.
A edilidade refere que a via estreita do Vale do Corgo “serve populações que de certa maneira poderiam ficar isoladas e sem grandes alternativas, ao mesmo tempo pode ser um elo de comunicabilidade ferroviária entre a capital do Distrito (Vila Real), a Régua e a própria Linha do Douro”. A este propósito, Mário Montes deixou no ar o interesse demonstrado pela Rede Ferroviária Nacional, REFER, na sua existência. “A sua importância turística é de tal ordem que a própria REFER já está a estudar esta componente e, assim sendo, acredito que a Linha do Corgo terá um futuro brilhante à sua frente”.
O investimento estimado para a intervenção nesta via-férrea é de cerca de 26,9 milhões de euros. Valor que representa cerca de um milhão de euros por cada quilómetro de ferrovia.