Sexta-feira, 6 de Dezembro de 2024
No menu items!

Manoel de Oliveira vai rodar filme no Douro

“O estranho caso de Angélica” é o novo projecto cinematográfico de Manoel de Oliveira que será rodado no Douro, nos próximos meses. A película deverá ser levada ao Festival de Cannes. É o regresso em grande do cineasta ao Douro, depois de “Aniki Bobó”, “Douro Faina Fluvial “ e “Vale de Abraão”.

-PUB-

Manoel de Oliveira referiu, ao Nosso Jornal, que O estranho caso de Angélica será “uma grande obra”, uma ideia que já vem dos anos 50, mas que, na altura, foi proibida pelo regime de Salazar. “O filme conta uma história ocorrida durante a II Guerra Mundial, onde a personagem principal passará por uma série de dificuldades, e apesar de não pertencer ao Douro, vem viver para a região. Ficará cercada por este meio e pelas vinhas que será o cenário ideal para uma transposição de dificuldades que, por vezes, encontra na vida e das quais não consegue sair”.

Manoel de Oliveira recordou que lhe foi negado, em 1933, um filme que pretendia fazer sobre o Douro. “Se tivesse feito o filme em 1933, era hoje um documento extraordinário sobre esta região, um cenário que o Douro de hoje já não tem”. As transformações foram muitas ao longo dos tempos. “Já não se faz a pisa nos lagares, a vinha tem outra configuração, e esse filme poderia ser um valioso documento histórico. O cinema, como disse um realizador mexicano, é o espelho da vida, e esse filme seria o espelho daquela época”, realçou Manoel de Oliveira.

O director do Museu do Douro, Fernando Maia Pinto, aproveitou a cerimónia para lançar o desafio a Manoel de Oliveira de realizar um filme sobre o Douro. O início das gravações está previsto já para o próximo mês de Abril, dependendo de toda a logística e da disponibilização dos meios.

Quando tentávamos obter mais dados sobre o Estranho Caso de Angélica, Manoel de Oliveira foi peremptório: “Não vou contar a história, quem quiser saber mais que pague o bilhete”.

APOIE O NOSSO TRABALHO. APOIE O JORNALISMO DE PROXIMIDADE.

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo regional e de proximidade. O acesso à maioria das notícias da VTM (ainda) é livre, mas não é gratuito, o jornalismo custa dinheiro e exige investimento. Esta contribuição é uma forma de apoiar de forma direta A Voz de Trás-os-Montes e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente e de proximidade, mas não só. É continuar a informar apesar de todas as contingências do confinamento, sem termos parado um único dia.

Contribua com um donativo!

VÍDEOS

Mais lidas

ÚLTIMAS NOTÍCIAS