“Este método é, para nós, mais eficaz que a queima”, afirmou João Fontes, enquanto se preparava para eliminar mais um ninho de vespa asiática, desta vez na localidade de Bragado. Desde o início do ano, João Fontes desativou cerca de 160 ninhos de vespa no concelho de Vila Pouca de Aguiar, sendo que apenas nove eram de vespa asiática.
“O ninho está situado no ponto mais alto do sobreiro atrás de nós. Normalmente estes ninhos são feitos em zonas altas para dificultar o abate”, disse o técnico da Proteção Civil Municipal aproveitando para explicar o método utilizado. “Usamos uma cana extensível para chegar ao ninho e introduzir um inseticida no seu interior”.
Questionado sobre as diferenças entre os ninhos de vespa asiática e os ninhos das restantes vespas, João Fontes referiu que “o ninho da vespa asiática é mais perfeito e a entrada é feita pela lateral. A europeia, por exemplo, entra no ninho pela parte de baixo. As vespas também são diferentes. A asiática é mais escura, mais pequena, tem as patas amarelas e uma lista no abdómen, também amarela”.
Não saber distinguir os ninhos leva as pessoas a pensarem que “são todos de vespa asiática, quando não são”. João Fontes desmistifica ainda outro mito, relativo à picada destes insetos. “A vespa asiática não mata ninguém. Claro que se a pessoa for alérgica vai ter uma reação, como acontece caso seja picada por outro tipo de abelha”, esclarece.
O ninho eliminado na localidade de Bragado, e cuja operação foi acompanhada pela VTM, é tido como o ninho mais volumoso encontrado no concelho de Vila Pouca de Aguiar. De salientar que, até ao momento, foram identificados, neste concelho, nove ninhos de vespa asiática, um número extremamente positivo tendo em conta que, em 2018, a Proteção Civil localizou vinte e dois.