Dos mais novos aos mais velhos, todos saíram à rua para ver passar as Marchas de Santo António. Avenida abaixo, milhares de curiosos viram desfilar 23 marchas, em representação das 18 freguesias do concelho, do Centro Cultural dos Trabalhadores do Município e dos Agrupamentos de Escolas Diogo Cão e Morgado de Mateus.
Ninguém quis perder o regresso das marchas, que trouxeram animação, cor e bairrismo ao centro da cidade de Vila Real. Depois de descerem a Avenida, os marchantes apresentaram a performance final na Praça do Município.
“Foi muito bom voltar a percorrer a Avenida”
Ana Pinto,
Marcha de Constantim e Vale de Nogueiras
Entre uma marcha e outra aproveitámos para falar com Ana Maria Borges, uma das muitas pessoas que estava a assistir.
Daqui as marchas seguiram para o largo da Capela Nova, onde atuaram mais uma vez, num ambiente mais intimista.
Foi lá que falámos com alguns dos marchantes, como é o caso de Ana Pinto, da União de Freguesias de Constantim e Vale de Nogueiras. “Foi uma sensação muito boa voltar a percorrer a Avenida”, admite, referindo que “já marcho há sete anos”.
Sobre a sua marcha explica que “foi sobre a paz e acho que transmitimos bem a mensagem” e esta noite foi “o culminar de muitos ensaios. Demos tudo pela nossa marcha”.
Logo a seguir veio a marcha de Mondrões onde encontrámos Fernando Botelho, de 73 anos. Foi a primeira vez que participou e “gostei bastante. No próximo ano espero repetir”.
Na sua atuação falaram do Barro de Bisalhães, “como não podia deixar de ser”, e até recriaram o jogo do panelo, que terminou, claro está, com a peça de barro em cacos. “Eu jogava isto quando era miúdo, agora perdeu-se um bocadinho”, lamenta. Já sobre os ensaios garante que “foram fáceis”.
‘”Foi a primeira vez que participei e espero repetir”
Fernando Botelho,
Marcha de Mondrões
A descansar estava Rita Dinis, de nove anos. Foi uma das primeiras a atuar, pela União de Freguesias de Pena, Quintã e Vila Cova. “Foi a primeira vez que participei e foi muito giro. Eu ia na frente a guiar os outros”, conta.
Este ano foram muitos os marchantes que se estrearam nestas andanças e Maria Correia é mais um desses casos. Com oito anos, desfilou pela Escola do Corgo, do Agrupamento de Escolas Diogo Cão. Estava em êxtase com a experiência.
“Foi muito divertido, gostei muito de descer a Avenida e é uma experiência para repetir. Estava muita gente a ver e a aplaudir. No próximo ano quero voltar”, confessa.
As marchas de Santo António são um dos momentos mais aguardados das festas populares da cidade e voltaram a colorir e animar a Avenida Carvalho Araújo, dois anos depois. A festa durou até bem perto das 2h00.