Em comunicado, a candidatura pede ainda que, se forem confirmados os factos relatados na notícia – de militantes que terão votado sem sair de casa -, “seja declarado inválido” o escrutínio da secção de Freixo de Espada a Cinta (Bragança), onde votaram 25 dos 26 militantes inscritos e todos no atual presidente Rui Rio.
"Deixar claro, no plano político, que o candidato Rui Rio está permanentemente a falar de ética relativamente aos outros, mas pactua com comportamentos inaceitáveis em benefício da sua candidatura”, refere a candidatura, que pede ao CJN que atue “de imediato” sobre os responsáveis de “tão grave violação das regras democráticas”.
O Observador identificou pelo menos dois militantes que, não podendo sair de casa, terão dito ao mandatário local de Rui Rio, Ricardo Madeira, para “fazer o risquinho onde quisesse".
Ao mesmo jornal, o presidente da secção disse desconhecer o que se passou.
O regulamento da eleição do presidente da Comissão Política Nacional determina que “o exercício de voto não é delegável, nem pode ser efetuado por correspondência”.
O presidente do PSD é eleito pelos militantes do partido, com capacidade eleitoral ativa, “por sufrágio universal, direto, secreto e com voto nominativo”.
Rui Rio e Luís Montenegro disputam no sábado a segunda volta das eleições diretas para escolher o próximo líder do PSD.
O atual presidente do PSD foi o candidato mais votado na primeira volta das diretas com 49,02% dos votos expressos, enquanto o antigo líder parlamentar conseguiu 41,42%. Miguel Pinto Luz, o terceiro candidato mais votado, obteve 9,55% (3.030 votos) e ficou fora da segunda volta.