Em Vila Real existe quatro metros quadrados de área desportiva útil por cidadão. Esta é apenas uma das conclusões do primeiro volume da Carta Educativa, um documento que ainda não esboça projectos ou estabelece prioridades, mas pretende servir de base a uma política desportiva acertada. Na sua apresentação Manuel Martins voltou a avançar com uma data para o início da obra do Pavilhão Gimnodesportivo: fim de Outubro/início de Novembro
A Câmara Municipal de Vila Real apresentou, no dia sete, o primeiro volume da Carta Desportiva, “um documento estratégico fundamental para operacionalização das políticas desportivas municipais”.
Segundo Domingos Madeira Pinto, vereador do desporto da autarquia vila–realense, a Carta Desportiva, para além de fazer um levantamento exaustivo dos equipamentos existentes no concelho, identifica as necessidades e traça um perfil da situação do concelho no que diz respeito às associações, e respectivas modalidades desenvolvidas, ao número de atletas e ao factor “oferta/procura” das infra-estruturas actuais.
Sem trazer grandes esboços para as futuras decisões, este primeiro volume lança apenas algumas conclusões, nomeadamente a necessidade de ter pelo menos um grande campo de jogos, que possibilite entre outras modalidades a prática do futebol de 11, “em todas as freguesias urbanas”, mais uma piscina coberta e mais duas pistas de atletismo, referiu o mesmo responsável político.
“Esta Carta Desportiva é apenas uma primeira versão que deverá estar em permanente actualização e deverá alargar o seu âmbito de análise, no sentido de potenciar ainda mais a sua utilização enquanto ferramenta auxiliar de planeamento”, refere o documento, assumindo um papel crucial nas “opções a tomar quanto às tipologias a adoptar (para que estas sejam mais flexíveis e rentáveis, adequando-se às exigências da procura), aos critérios de localização e implementação a utilizar e à elaboração de uma escala de prioridades de intervenções e implementação de novos equipamentos”.
Entre outros dados, a Carta Desportiva contabiliza que existem no concelho vila-realense cerca de 200 equipamentos desportivos que servem de local de treino para mais de 5.500 praticantes de desporto organizado (dos quais 2.434 federados) dinamizado por mais de uma centena de entidades desportivas.
Cruzando os dados ao nível do desporto com as características do concelho (geográficas e demográficas) concluí-se que, em Vila Real, existe mais de sete metros quadrados de área desportiva útil por habitante, ficando assim, além do valor recomendado pela União Europeia, de cerca de 4 metros quadrados por habitante.
Durante a apresentação da Carta Desportiva, Manuel Martins, Presidente da Câmara Municipal de Vila Real, lembrou que a educação e o desporto foram as duas prioridades apontadas pelo executivo no início do actual mandato, tendo sido assumidos vários projectos “que estão a ser executados”.
“Até ao final de Outubro, ou início de Novembro vão começar as obras de construção do Pavilhão Gimnodesportivo, na Quinta do Seixo”, garantiu o edil referindo que a obra será incluída num projecto que vai “revolucionar” aquela zona da cidade, já que, num investimento de cerca de oito milhões de euros, vai englobar a construção da Central de Camionagem, de um parque de estacionamento subterrâneo e a ainda a reestruturação do trânsito, alargando a Avenida Cidade de Ourense em mais duas faixas de rodagem.
O autarca lembrou que até ao final do ano, deverá ser aprovado o financiamento do projecto de construção das piscinas cobertas no espaço do Campo de Futebol do Calvário. “Temos 99,9 por cento de hipóteses de ver a candidatura aprovada”, sublinhou confiante Manuel Martins referindo que “em breve” deverão ter início a construção dos dois campos de relva sintética do Monte da Forca, sendo que, só depois terão início as obras da piscina, projecto que engloba também um parque de estacionamento e um jardim.
Maria Meireles