O estudo para a sua implementação foi apresentado na sexta-feira à secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, pelo presidente da Câmara Municipal, Paulo Figueiredo, numa reunião de trabalho no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
Para o autarca a construção do Centro de Meios Aéreos Anfíbios na albufeira do Vilar justifica-se, por esta ser no país, “mesmo com cotas de água muito baixas”, o principal ponto de abastecimento (scooping) para aviões anfíbios, ligeiros ou pesados, Canadair ou outros, em missões de combate a incêndios florestais. “Isso ficou provado o ano passado, ano de seca severa, em que a albufeira, retendo apenas 14% da sua capacidade de água, não parou de ser um ponto de scooping verdadeiramente indispensável”, recorda Paulo Figueiredo.
O presidente do município argumenta também com as condições já existentes no local, como a pista (que é o lençol de água), que pode ter 4.100 metros de comprimento por 150 de largura, as boas caraterísticas orográficas do terreno, os edifícios já construídos muito perto das margens, um deles a pousada que pode servir de alojamento e restauração, os terrenos para o hangar (placa para os aviões, oficinas, etc), e a localização ímpar em toda a região norte e centro do país. “Temos todas as condições para avançar, e com custos baixos para a operacionalização das estruturas e da sua manutenção”, garante o autarca, afirmando ainda que “a conjugação desta infraestrutura com o turismo e a agricultura potenciaria enormemente a economia local”.
A governante parece ter concordado com a ideia. “Faz todo o sentido”, afirmou a secretária de Estado, que pediu ao presidente da Câmara o envio do estudo à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil para poder ser apreciado e avaliado oficialmente.
Após a reunião, na qual marcou presença também o presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Brigadeiro-General Duarte da Costa, o estado-maior Regional, Sub-Regional e Local de Emergência e Proteção Civil ali representado pelo Tenente-Coronel Carlos Alves (Norte), Miguel Fonseca e José Requeijo (Douro) e Carlos Soeiro (Moimenta da Beira), seguiu-se a visita à albufeira do Vilar e ao Quartel dos Bombeiros Voluntários, que precisa de ser requalificado e ampliado.