Nesta fase, e após uma prévia fase de sondagens arqueológicas, já se encontra realizado o desmonte do muro e o correspondente acompanhamento arqueológico, encontrando-se, presentemente, a ser efetuada a reconstrução desta estrutura", indica numa nota envida à Lusa pela DRCN.
Por seu lado, o presidente da Câmara de Mogadouro disse que "a obra peca por tardia".
"Após quatro anos do alerta, finalmente vemos a muralha a ser reconstruída. E os trabalhos de arqueológica que decorrem em paralelo estão a surpreender, já que durante as escavações foi detetada uma muralha mais antiga da que está a sofrer a intervenção", indicou Francisco Guimarães.
Segundo o autarca, o município já havia feito "uma pequena reparação para evitar danos pessoais ou materiais".
A reabilitação estrutural do muro Sul do Castelo de Mogadouro tem um prazo de execução de 120 dias, representando um investimento de cerca de 94 mil euros.
A intervenção está incluída na Operação Castelos a Norte, promovida pela DRCN e cofinanciada pelo Programa Norte 2020.
"A empreitada de reabilitação estrutural preconiza o apeamento de todo o paramento arruinado, com a restituição da anterior estereotomia da alvenaria de xisto, salvaguardando a primitiva imagem desta estrutura", sublinhou a entidade.
Segundo a DRCN, os trabalhos requereram uma intervenção arqueológica, a decorrer prévia e paralelamente à empreitada, por forma a, em tempo útil, permitir eventuais ajustamentos à solução técnica de reconstrução, face a vestígios arqueológicos eventualmente preservados nesse local.
A Operação Castelos a Norte, promovida pela DRCN, visa intervir nos castelos raianos da Região Norte: Castelo de Montalegre, Castelo de Monforte de Rio Livre (Chaves), Castelo de Outeiro (Bragança), Castelo de Mogadouro e Castelo de Miranda do Douro.
A DRCN avançou com um ponto de situação dos castelos que beneficiam deste programa no distrito de Bragança, adiantando que no Castelo de Outeiro (Bragança) a intervenção arqueológica prévia à empreitada de "Consolidação e Restauro de Estruturas" está concluída, encontrando-se em curso o procedimento concursal desta obra, com um prazo de execução de 120 dias, prevendo-se que os trabalhos se iniciem durante a segunda quinzena do próximo mês de abril.
No Castelo de Miranda do Douro já se encontra executada a intervenção arqueológica prévia à "empreitada de consolidação e restauro de estruturas", tendo esta obra sido iniciada no final do mês de fevereiro, com um prazo de execução de 120 dias e representando um investimento de cerca de 140 mil euros.