A partir de janeiro, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai sofrer uma “grande reforma”, ficando organizado em 39 ULS, que agregam os hospitais e os centros de saúde numa mesma instituição e gestão. Serão mais 31 ULS que as que existem atualmente.
Esta reforma não agradou aos autarcas do Douro que, em comunicado, referem que “o modelo apresentado é mau e é uma forma encapotada de esconder o problema do setor da saúde, que há muito necessita de uma reforma de fundo” e que será sinónimo de “maior desigualdade” no acesso aos cuidados de saúde na região do Douro, “comprometendo o futuro dos Centros de Saúde”.
De visita a Mirandela, onde inaugurou a Unidade de Endoscopia do Serviço de Gastrenterologia, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, foi questionado pela VTM sobre esta tomada de posição por parte dos autarcas dos 19 municípios da CIM Douro.
“Nunca vi nenhum autarca, dos que estão integrados numa ULS, criticar esta reforma”, afirma, salientando que “o nosso trabalho é fazer ver as pessoas quais as vantagens deste novo modelo organizativo”. Além disso, “temos de fazer com que as ULS evoluam”, acrescenta.
Manuel Pizarro diz não ter dúvida de que “as ULS são uma coisa boa para o SNS, mas também para as pessoas e sei que os autarcas, apesar das diferenças partidárias, vão acabar por nos dar razão e ver as ULS como uma mais-valia”.