E a influência pode ser positiva ou negativa, com o comissário a dar um exemplo. “Imaginemos que vocês fazem uma notícia sensacionalista a dizer que a polícia procedeu errado numa determinada situação. Isso pode-nos trazer uma imagem, enquanto instituição, prejudicial ao nosso trabalho e à forma como desenvolvemos as nossas tarefas, as nossas ações e as nossas competências”.
No caso de Vila Real, “acho que a imagem que passam da PSP é positiva, assim como é positiva a nossa relação com os órgãos de comunicação social”, vinca.
No podcast participou, também, o subcomissário Sérgio Conceição, para quem a palavra-chave é responsabilidade. “Do vosso lado a responsabilidade de confirmar a informação e do nosso a de passar a informação da melhor forma”, frisa. E dá como exemplo as redes sociais, onde “surgem muitas ‘fake-news’ e onde a informação flui com muita facilidade. O problema é que as pessoas nem sempre têm noção do que é verdade ou mentira”.
“Nós, enquanto instituição, temos de vos passar uma informação fidedigna e vocês têm de transmiti-la da melhor forma possível”, acrescenta Ricardo Carvalho.
Questionados sobre os seus hábitos de leitura, os agentes da PSP confessaram ser mais adeptos do digital, “pela facilidade e rapidez”. Contudo, admitem que, por vezes, a informação é tanta que “acaba por gerar confusão”.
“O hábito de ler o jornal não o tenho”, afirma o comissário Ricardo Carvalho, revelando que “em termos de notícias posso consultar, ocasionalmente, no digital, mas não é a minha prática corrente. De resto, costumo ler bastante, mas no âmbito de história e da política internacional”.
No que diz respeito à profissão que escolheram, os agentes não escondem que também eles se têm de adaptar ao digital. “Vamos ter de nos reinventar, porque as dinâmicas criminais são cada vez mais complexas e diferentes”, afirmam.
A conversa completa está disponível no site do jornal A Voz de Trás-os-Montes. O podcast “A falar é que a gente se entende” pode, também, ser ouvido no Spotify.