Quinta-feira, 16 de Janeiro de 2025
No menu items!

Obras do Circuito começam na próxima segunda-feira

Grande relvado da Alameda de Grasse vai desaparecer e toda a zona envolvente será nivelada. Estes são apenas alguns pormenores da intervenção que começa na próxima semana. PSD levanta algumas questões sobre a organização das corridas…

-PUB-

As obras para a criação do novo PADDOCK do Circuito Internacional de Vila Real, localizado na Alameda de Grasse e na Rua Ator Ruy de Carvalho, vão começar na próxima segunda-feira, dia 9, confirmou o presidente da Câmara Municipal, Rui Santos, à VTM.

A intervenção “passa pela retirada de paralelo, alcatroamento e nivelamento daquela zona, para que possa servir de PADDOCK para a realização do 45º Circuito Automóvel de Vila Real”, explicou o autarca revelando que “está tudo organizado e preparado para que as obras causem o menor transtorno possível aos moradores”.

O projeto, que vai ser responsável pelo desaparecimento do relvado da Alameda de Grasse e abate de “algumas árvores”, vai contar com um investimento apoiado numa candidatura aos fundos europeus de 600 mil euros, apresentada, segundo o autarca, “ainda antes de se saber que Vila Real iria receber o WSTCC”.

Para a organização da prova, que está agendada para os dias 11 e 12 de julho, o município apresentou outra candidatura, desta vez para a vertente “imaterial”, uma componente de financiamento na ordem também dos 600 mil euros e que irá custear “a homologação do Circuito para o nível três da Federação Ineternacional de Automobilismo (FIA)” e para o pagamento das taxas de transmissão da Eurosport.

Relativamente à animação, Rui Santos não quis levantar o véu sobre o que está a ser programado, já que a organização ainda está a “fechar contratos”, no entanto adiantou que haverá uma “grande atividade” na Praça do Município. “Vamos apresentar um grande programa e animação não só para as corridas mas para as festas da cidade. Não temos ainda o programa fechado, mas aquilo que garanto é que voltaremos a comemorar o dia do Emigrante e a comemorar todas as atividades relacionadas com o São Pedro, Santo António e São João”, adiantou.

 

“Não podemos ter corridas a todo o custo”

 

António Carvalho, vereador do Partido Social Democrata na Câmara Municipal de Vila Real, lançou algumas críticas à organização das corridas, considerando que, acima de tudo, é necessário “salvaguardando os interesses dos vila-realenses”.

No final da última reunião da Assembleia Municipal, realizada no dia 27, o social-democrata explicou que existe “um conjunto de dificuldades ou de exigências que a FIA vai fazer e que vai transtornar por completo alguma da dinâmica local”. “Durante aqueles dias põe-se a hipótese de revogar todos os contratos de publicidade que a Câmara tem à volta do circuito. Vão fazer publicidade a coisas de maior monte, de nível nacional ou internacional, esquecendo a dinâmica do comércio local”, exemplificou António Carvalho considerando que as corridas devem também ser entendidas como “uma mais-valia” para a divulgação empresarial do concelho e da região.

Além de criticar a intervenção da Alameda de Grasse. Defendendo que poeria ser encontrada uma solução que não transformasse aquele espaço, o PSD levanta ainda outra questão: “Os serviços locais podem não ser capazes de responder forma afirmativa” a presença de tantas pessoas, sublinhou o vereador revelando que “pode transtornar muita da segurança e da capacidade dos locais de saúde, hospitais, poder responder a possíveis situações”.

António Carvalho sublinha que “é a favor das corridas”, mas acusa assim o atual executivo de “falta de estratégica” e de “cautela”.

Sobre as críticas, Rui Santos reconhece que “as corridas têm vantagens e desvantagens”, como por exemplo “a intervenção urbana que, com certeza não agradará, à toda a gente” mas sublinhou, “pesando os prós e os contra” a autarquia optou “por fazer este grande evento”, que vai trazer “mais de 200 mil pessoas será visto por mais de 500 milhões de pessoas, em 22 países, em 11 canais” e que colocará “Vila Real no primeiro patamar do automobilismo a nível mundial”.

APOIE O NOSSO TRABALHO. APOIE O JORNALISMO DE PROXIMIDADE.

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo regional e de proximidade. O acesso à maioria das notícias da VTM (ainda) é livre, mas não é gratuito, o jornalismo custa dinheiro e exige investimento. Esta contribuição é uma forma de apoiar de forma direta A Voz de Trás-os-Montes e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente e de proximidade, mas não só. É continuar a informar apesar de todas as contingências do confinamento, sem termos parado um único dia.

Contribua com um donativo!

VÍDEOS

Mais lidas

ÚLTIMAS NOTÍCIAS