O programa Escola Segura da Guarda Nacional Republicana (GNR) promoveu, no dia 15, uma demonstração de meios do comando vila- -realense para mais de 200 crianças dos jardins-de-infância de Vila Marim, Samardã e Vila Seca.
“A iniciativa surgiu na sequência de um projecto que as crianças desenvolveram e que contou com o apoio da Escola Segura”, explicou o cabo Luís Nóbrega que, em conjunto com a guarda Fontes, constituí o programa da GNR dedicado ao policiamento junto das escolas.
Com apenas dois elementos e uma viatura, o Programa Escola Segura da GNR de Vila Real, iniciado com o objectivo de “criar as condições de segurança que as crianças merecem – no caminho para a escola, nos seu interior, nas suas imediações, onde quer que se encontrem. Para que se sintam apoiadas e protegidas”, acaba por desenvolver mais um trabalho ao nível da sensibilização dos alunos e dos conselhos executivos, deixando para os postos locais a vertente do policiamento.
Confirmando que gostaria “de ter mais guardas envolvidos no Programa”, o cabo Luís Nóbrega contabiliza que, no total, a Escola Segura de Vila Real trabalha com perto de 190 escolas espalhadas por cinco concelhos (Vila Real, Murça, Mondim de Basto, Vila Pouca de Aguiar e Ribeira de Pena), somando um total de perto de seis mil alunos.
“Eu gosto muito de trabalhar com as crianças mas precisamos de um reforço”, concordou o mesmo responsável.
José Maria Magalhães, presidente do Agrupamento Diogo Cão, que engloba as escolas envolvidas na demonstração de meios realizada em Vila Seca, também foi peremptório a concordar que “uma equipa com apenas dois guardas” é insuficiente para responder às necessidades.
O agrupamento Diogo Cão é o maior do concelho contando com 2900 alunos, dos quais cerca de 1700 estudam nas escolas das zonas periurbanas e rurais de Vila Real.
“Tem que haver uma forte aposta na prevenção”, considerou o presidente, elogiando sobretudo as acções junto dos próprios guardas e nas quais as crianças aprendem melhor sobre segurança do que na sala de aula, “onde os conceitos não têm tanto impacto”.
José Maria Magalhães explicou que o seu agrupamento é considerado Território Educativo de Intervenção Prioritária devido a uma diversidade de problemas que se prendem com questões como o abandono ou o insucesso escolar. Por causa desse estatuto, “temos que centralizar meios adicionais no nosso projecto educativo”, revelou o mesmo responsável, adiantando a exigência de se ter uma animadora sociocultural e de ter assistentes sociais, bem como o estabelecimento de protocolos com várias instituições, entre as quais as forças de segurança.