O cortejo saiu do largo de Santiago, popularmente conhecido como «garganta dos palhaços» (talvez por ser um largo estreito entre dois pequenos montes onde antigamente havia palhotas dos pastores), levando à frente a cruz paroquial de Vilar de Ferreiros e as bandeiras das paróquias dos concelhos de Mondim e de Ribeira de Pena, seguidas do andor de Nossa Senhora e do Bispo da diocese e das autoridades, os Bombeiros de Mondim de Basto e, atrás, uma grande multidão. Os fiéis rezaram o terço alternado com cânticos a Nossa Senhora, chegando ao santuário pelas dez e quarenta, a fim de prepararem o cortejo litúrgico. Este saiu do santuário às 11.05 e a Missa iniciou-se pelas 11,10.
As autoridades (Presidentes das Câmaras de Mondim e de Ribeira de Pena, Arcipreste do Baixo e Párocos) ocuparam lugares reservados junto do andor da Senhora) a quem os Bombeiros de Mondim fizeram guarda de honra durante a Missa.
O grande coro era constituído pelos dois coros de Vilar de Ferreiros e de Vilarinho, pelo coro de Mondim de Basto e das paróquias vizinhas.
Alguns cantores fizeram a proclamação dos textos bíblicos e o canto do salmo, bem com da Oração dos fiéis.
O senhor D. Joaquim que presidiu a toda a celebração, centrou a sua homilia sobre os valores e a educação dos afectos, afirmando a dada altura: «Diz-se que hoje não há valores. Não é bem assim: valores há, o que não há é verdadeira hierarquia de valores. Ao retirarem Deus da vida pessoal, tudo fica baralhado, não havendo valores absolutos e valores relativos, valores maiores e valores menores, valores prioritários e valores secundários».
No final da Eucaristia, uma multidão assistiu ao canto dos romeiros em volta do santuário, uma melodia piedosa própria para actos fora da liturgia e acompanhada de concertinas. Recolhida a imagem ao santuário, cantou-se o Salve Regina. As autoridades deslocaram-se ao «centro de recolhimento», constituído por onze quartos localizados por debaixo da praceta e voltado a nascente sul, onde se descerrou uma lápide a assinalar as bodas de ouro sacerdotais do senhor Bispo e o seu empenho nas obras feitas no santuário nos últimos 23 anos: «sonhou e realizou no santuário a conclusão da torre, a praceta e o altar exteriores, o centro de recolhimento», faltando concluir a obra do restaurante e da escadaria principal. «A existência deste complexo, disse na altura, é um milagre diário: a consecução deste espaço no alto do Monte farinha que parece uma agulha, a água para higiene e consumo, os quartos. Tudo se tem conseguido pela lealdade e franqueza com o povo, com a dedicação do P. Guedes e do Mário, a ajuda das juntas de freguesia, das pedreiras, e a colaboração da Câmara Municipal, tanto da anterior como da actual, mormente no saneamento e na luz eléctrica»
No final, foi servido a todas as autoridades um almoço frugal na varanda interior do centro de acolhimento, por debaixo do restaurante, votada a nascente sul.