“Na reunião de executivo municipal [de hoje] informei toda a vereação que a partir de segunda-feira vou suspender as minhas funções enquanto presidente da Câmara de Torre de Moncorvo para assumir o desafio de candidato a deputado pelas listas da AD, pelo círculo eleitoral de Bragança”, explicou à Lusa o autarca social-democrata.
Nuno Gonçalves, que cumpre o seu terceiro mandato autárquico, acrescentou ainda que foi “com orgulho” que aceitou este novo desafio.
Nuno Jorge Rodrigues Gonçalves, de 52 anos, advogado de profissão, licenciou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, sendo também mestre em Gestão Autárquica.
Ocupa desde 2013 o cargo de presidente da Câmara de Torre de Moncorvo, tendo sido eleito para este terceiro e último mandato com maioria.
Nuno Gonçalves é ainda vice-presidente da Comunidade Intermunicipal do Douro, presidente da Associação de Municípios do Douro Superior, presidente da Assembleia Intermunicipal da Associação de Municípios do Baixo Sabor e membro do Conselho Nacional dos Autarcas Social Democratas.
Segundo o Estatuto dos Deputados, são incompatíveis com o exercício do mandato de deputado à Assembleia da República os cargo de presidente e vice-presidente de câmara municipal, pelo que Nuno Gonçalves terá que ser substituído, entregando os seus pelouros ao atual número dois, José Meneses.
José Meneses é vice-presidente desde 1 de janeiro, por substituição de Vítor Moreira, que se reformou por ser funcionário bancário.
A maioria PSD/CDS-PP no executivo, que tem dois eleitos do PS, conta ainda com a vereadora Piedade Meneses.
Em primeiro lugar na lista da AD por Bragança está também o presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias.
Nas últimas legislativas, em 2022, o PSD elegeu um deputado pelo distrito de Bragança, Adão Silva, contra dois do PS, Berta Nunes e Sobrinho Teixeira. Nas legislativas de 2019, o PSD elegeu dois deputados, enquanto o PS elegeu um.
Portugal vai ter eleições legislativas antecipadas em 10 de março, marcadas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na sequência da demissão do primeiro-ministro, António Costa, em 07 de novembro, alvo de uma investigação do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça.
A campanha eleitoral para as legislativas vai decorrer entre 25 de fevereiro e 08 de março.