Quinta-feira, 23 de Janeiro de 2025
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PSD e PS querem resultados do inquérito ao incêndio no túnel do marão

O PSD quer saber porque “ainda não foram revelados os resultados do inquérito” ordenado há seis meses pelo Governo ao incêndio do autocarro que ocorreu dentro do Túnel do Marão.

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Os deputados do PSD entregaram um requerimento na comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas a solicitar informações sobre o inquérito que foi ordenado pelo ex-secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, a 12 de junho, um dia depois de um autocarro que transportava 20 passageiros ter ardido no túnel, que se inclui na Autoestrada 4 (A4), entre Amarante e Vila Real, segundo avança a Lusa.

Luís Ramos, deputado do PSD, diz que “a ligeireza com que este assunto tem sido tratado é preocupante”. Os parlamentares dizem estranhar que “seis meses depois do anúncio de abertura deste inquérito, tempo mais do que suficiente e razoável para a sua realização, o país e o parlamento continuam sem ter qualquer informação sobre as conclusões e as recomendações produzidas no seu âmbito e as eventuais medidas adotadas para colmatar falhas e suprir insuficiências encontradas”. Por isso, solicitaram acesso às “conclusões e recomendações do inquérito aberto pelo secretário de Estado da Administração Interna no passado mês de junho”.

O PSD exige que seja “facultada a data exata em que estas conclusões e recomendações do inquérito lhes serão disponibilizadas” e que sejam “fornecidas as informações até agora disponíveis, bem como as medidas já aplicadas para evitar situações de perigo iminente”.

Ascenso Simões, deputado do PS, eleito por Vila Real, disse na Assembleia da República que não pode “concordar com aquilo que disseram” ao secretário de Estado das Infraestruturas e que “não é verdade” o que foi dito, acerca do incêndio do autocarro.

O parlamentar vai mais longe, referindo que “entre os bombeiros da Cruz Branca, da Cruz Verde, de Amarante ou de Vila Meã, não há qualquer possibilidade, nem com um Supersónico, nem com um Concorde, nem qualquer instrumento de voo, de chegar ao túnel do Marão em cinco minutos”.

Ascenso Simões frisou ainda que “disseram ao secretário de Estado que estiveram cerca de 500 operacionais no ato do autocarro”, mas “isso não é possível”. “500 operacionais estão em grandes incêndios com muitos hectares de área ardida, não num espaço confinado. Eu fui secretário de estado da Proteção Civil e não há em Portugal nada que se possa fazer sem simulacro. Não foi feito nenhum naquele túnel. Não é possível despachar meios sem meios redundantes, quando se despacham meios de bombeiros é obrigatório despachar meios de outras estruturas, INEM e forças de segurança, e isso não acontece”, apontou.

O deputado do PS diz ainda que não pode “dizer aos cidadãos do distrito de Vila Real que os serviços do Estado estão a fazer tudo para os salvaguardar, perante uma circunstância que é inaceitável”, revelando que “todas as semanas” passa “no túnel com uma sensação de insegurança igual à que tinha quando passava no IP4”.

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