A prova é uma forte aposta da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Tâmega para divulgar uma região com condições de excelência para a prática de diferentes disciplinas de ciclismo.
A Volta ao Alto Tâmega vai juntar a “nata” do pelotão nacional e equipas vindas da Rússia e Espanha, num total de 150 atletas, numa competição que terá quatro etapas, perfazendo 335 quilómetros. A corrida começa às 17h30 do dia 22, com um prólogo de 5 quilómetros, em sistema de contrarrelógio por equipas, a disputar em Chaves.
A etapa rainha será realizada dia 23, ao longo de 197 quilómetros, com partida de Boticas, às 11h00, e chegada, cerca das 16h00, à serra do Larouco, Montalegre. Dia 24 há uma jornada dupla, às 9h00, o pelotão parte para uma viagem de 75 quilómetros, entre Valpaços e Ribeira de Pena, onde os corredores chegarão depois das 10h30. A partir das 16h00, corre-se o Circuito de Vila Pouca, na distância de 58 quilómetros. Aqui, marcarão presença os corredores amadores e masters que vão participar no Troféu do Alto Tâmega Master, na manhã de dia 24.
Delmino Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, sublinhou a importância desta prova, que poderá vir a transformar-se numa “âncora para a região”, uma vez que é um território de “excelência para a prática de desportos de aventura”, sendo esta uma “oportunidade única para mostrar o Alto Tâmega ao país e ao mundo”. Como já foi corredor profissional, o presidente destacou as dificuldades que a prova vai impor mesmo a atletas profissionais. “É um percurso com grande espetacularidade, com muitas dificuldades, e não será fácil para ciclistas amadores terminar a prova, que é muito exigente, mas ao mesmo tempo é também motivadora, sobretudo porque foi escolhida uma data perfeita, em que os corredores profissionais ainda podem ambicionar vencer troféus, para além de se poderem preparar para a Volta a Portugal, que também contempla uma subida à serra do Larouco, numa etapa que une Boticas a Montalegre”.
Já o presidente da CIM e autarca de Ribeira de Pena, Rui Vaz Alves, destacou o traço de união entre os seis municípios, que pretendem “mostrar aquilo que existe de melhor nesta bela região, de forma a promover o turismo através do desporto”.
Projeto de Ciclovia conjunto
Para além de ser um óptima oportunidade para alavancar o turismo, Amílcar Almeida, presidente da EHATB e da Câmara de Valpaços, referiu que esta “pode ser a primeira volta de muitas voltas conjuntas entre estes seis municípios”, avançando com a ideia de se criar uma ciclovia, para percorrer o Alto Tâmega, que venha “fazer a ligação entre todos os municípios”. O edil projetou já a edição do próximo ano, altura em que espera contar com uma prova rotativa, em que o prólogo passe para outra localidade, para que todos tenham as mesmas possibilidades.