Deverá ir a Conselho de Ministros, dentro em breve, a proposta do Governo de reestruturação da rede de Regiões de Turismo que prevê a fusão dos quatros organismos existentes na região transmontano- -duriense. Segundo o estipulado na proposta, até que seja criada a Comissão Instaladora da nova entidade, será a Região de Turismo da Serra do Marão a comandar o processo.
Região de Turismo de Trás- -os-Montes e Douro (RTDT) poderá ser a denominação do novo órgão que será implementado segundo a proposta do Governo, no âmbito da reorganização do Turismo, a nível regional. Apesar de o processo de aprovação da lei ainda não estar concluído. o documento refere que será da responsabilidade da Região de Turismo da Serra do Marão a condução dos trabalhos da Comissão Instaladora do futuro organismo, conforme nos referiu Armando Miro, Presidente da Região de Turismo, sedeada em Vila Real.
Segundo a proposta do Governo, o novo organismo englobará as actuais Regiões de Turismo do Nordeste Transmontano, Douro Sul, Serra do Marão, Caldas do Moledo e Alto Tâmega e Barroso, envolvendo 52 Municípios.
Armando Miro esclareceu que não tem conhecimento da data em que o documento irá ser debatido, em reunião de Conselho de Ministros. No entanto, adiantou que a nova lei deverá ser aprovada em breve e que a nova estrutura responsável pelo turismo não deverá entrar em funcionamento antes de 2008.
“Até à eleição do Presidente da Comissão Instaladora, os trabalhos são conduzidos pelo representante da Região de Turismo que reúna o maior número de Municípios ou, em caso de igualdade, o representante da Região de Turismo primeiramente constituída”, ou seja, a Região de Turismo da Serra do Marão.
“Não tenho sentido qualquer polémica, em torno do processo”, ressalvou Armando Miro, sublinhando que o processo está a reunir o consenso de todos e que o importante é que se trabalhe em prol das mais-valias da região.
Relativamente à futura sede da RTDT, o mesmo responsável adiantou que tudo indica que se instalará em Vila Real. No entanto, classificou a questão como “mero pormenor” que não deverá interferir, negativamente, na constituição do novo organismo.
“Há anos que se fala nessa reestruturação. Se não se fizer agora, nunca mais se fará”, alertou Armando Miro.
A reestruturação das Regiões de Turismo já é defendida, há muito, por vários projectos de desenvolvimento do turismo português que referiam que “as novas Áreas Promocionais deverão prosseguir as atribuições cometidas às entidades que vêm substituir, alargando-se as suas competências em matéria de concepção, incentivo à qualificação e diversificação da oferta de alojamento e animação da área respectiva”.
Maria Meireles