Pouco mais de um mês depois da sua entrada em funcionamento, o primeiro-ministro, José Sócrates, inaugurou oficialmente, no dia 30, a Urgência do Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE), um serviço que funciona agora num edifício construído de raiz e que exigiu um investimento na ordem dos 1,77 milhões de euros.
Localizada na Unidade Hospitalar de Bragança, o novo serviço tem como “grande novidade” a implementação de uma ala pediátrica, que não existia nas anteriores instalações, onde o espaço “físico era limitado e contava com fortes sinais de degradação, o que dificultava a prestação de cuidados com a qualidade desejável”.
Segundo fonte do CHNE, “as novas instalações do Serviço de Urgência vieram possibilitar a prestação de cuidados de saúde com maior qualidade, eficiência, rapidez, conforto, higiene e segurança, assim como oferecer uma melhor organização e acessibilidade”.
Ocupando uma área de 1.197 m2, o novo serviço “destina-se a servir 150 mil habitantes do distrito de Bragança, representando um investimento de 1,77 milhões de euros, financiado pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) em 1,24 milhões de euros”, refere a mesma fonte, sublinhando ainda a criação de “um parque de estacionamento com 42 novos lugares, que se encontra num espaço não aproveitado anteriormente”.
A urgência brigantina conta agora com “dois gabinetes e três consultórios de triagem, três salas de espera, uma sala de pequena cirurgia, uma sala de ortotraumatologia, uma Unidade de Cuidados Intermédios (UCI) com seis camas, uma sala de observações (OBS) com oito camas, uma sala de OBS pediátrica com seis camas e dois berços, e ainda um quarto de isolamento, equipamento este preparado para responder às necessidades de cuidados de saúde emergentes em 16 especialidades médicas”.
Segundo José Sócrates, a construção da nova Urgência Médico-Cirúrgica do Hospital de Bragança, só foi possível “graças à reforma dos cuidados de saúde”, uma reestruturação que levou ao agrupamento, no CHNE, das Unidades Hospitalares de Bragança, Mirandela e Macedo de Cavaleiros. “Até 2006, as unidades viviam de costas voltadas”, considerou António Marçoa, da direcção Centro Hospitalar onde, nos últimos anos últimos quatro anos, foram investidos vários milhões de euros.
O novo serviço de urgência está assim englobado “num programa mais vasto de investimentos levado a cabo no CHNE, num montante que ascende a mais de 22 milhões de euros, e do qual resultaram melhorias assinaláveis nas três Unidades que o integram”.
Entre as obras realizadas no Centro Hospitalar há a sublinhar a construção do “novo Pavilhão das Consultas Externas e do Edifício Técnico na Unidade de Bragança, onde decorreu também a requalificação do Internamento (nos Serviços de Ginecologia e Obstetrícia, Ortopedia, Cirurgia Mulheres e Pediatria, estando os primeiros concluídos e o último em fase de conclusão), bem como o Centro de Cirurgia de Ambulatório, o novo Laboratório de Patologia Clínica na Unidade de Mirandela, e ainda a abertura de um novo Bloco Operatório, a par da conclusão, em breve, da nova Unidade de Cuidados de Convalescença e Paliativos, na Unidade Hospitalar de Macedo de Cavaleiros”.
No âmbito da sua visita a Bragança, José Sócrates presidiu ainda à inauguração do lar social da Obra Padre Miguel, um novo serviço que, a partir de meados deste mês, vai começar a receber os utentes brigantinos nas suas valências de lar (60 vagas), creche (66 crianças) e apoio domiciliário (50 idosos).
Segundo declarações de Nuno Álvaro Vaz, da direcção da Obra Social Padre Miguel, “150 pessoas já estão inscritas”, embora o lar só tenha capacidade para 60 utentes.
A par do lar social, que exigiu um investimento de cerca de três milhões de euros, representando um dos maiores projectos financiados pelo Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES), o novo equipamento conta com um lar privado com 26 suites.