Um aluno e uma professora da EB 2 e 3 de Alijó estão infectados pelo bacilo da tuberculose. O primeiro caso foi detectado em Junho e o segundo confirmado, agora, no Centro Hospitalar de Trás-os–Montes. Estes casos juntam–se a outros verificados desde Março deste ano, totalizando, dezoito pessoas atingidas (seis são alunos do mesmo estabelecimento) por este bacilo.
Esta micro-epidemia de tuberculose que está a afectar o concelho de Alijó levantou uma onda de preocupação junto de toda a comunidade escolar e das autoridades de saúde.
Os dois últimos casos vindos a lume, aliados a outros já conhecidos, fizeram com que dezenas de alunos da Escola EB 2 e 3 manifestassem, na manhã de anteontem, o seu descontentamento, em frente do Centro de Saúde de Alijó, exigindo respostas sobre a situação que os preocupa muito, assim como um rastreio completo.
A Administração Regional do Norte-Sub Região de Saúde de Vila Real desdramatiza a situação e, segundo garantia de João Mocho, “na escola, já não qualquer foco de contágio. Todos os alunos estão a ser acompanhados e não há lugar mais seguro, em Portugal, neste contexto, do que a Escola de Alijó”, para acrescentar: “Um caso num aluno, em Junho, e outro, agora, de uma professora, foram as situações mais recentes e que estão a ser tratadas e controladas. Não há razão para alarmismos”.
Esta opinião é fundamentada pelo facto de um rastreio, efectuado a 26, 27 e 28 de Setembro, junto da população escolar, abrangendo mais de metade da comunidade estudantil (alunos dos 8.º, 9.º, 10.º anos e a uma turma do 7.º ano), ter revelado resultados “todos negativos”. Na altura, os exames foram feitos por uma unidade móvel do Centro de Diagnóstico e Pneumologia do Norte.
Para despistar a doença, esta unidade móvel voltará, na próxima semana, a Alijó, para “completar o rastreio total à escola. Segundo João Mocho, será feito o rastreio aos restantes alunos dos 5.º, 6.º, 11.º e 12.º anos, tal como a professores e funcionários.
Por sua vez, o Conselho Executivo da Escola garante que “ toda a comunidade escolar vai fazer o rastreio à tuberculose” e que “não há motivos para alarme”.
O surto de tuberculose que está afectar a Escola Básica 1 e 2 de Alijó não é caso virgem, neste estabelecimento de ensino. Já em 2006, no ano lectivo anterior, foi registado, nesta escola, um caso que afectou um aluno. Na altura, o mesmo teve de ser transportado para o Centro Hospitalar Vila Real/Régua, onde foi tratado. De igual modo, a sua turma, e professores que mantiveram contactos com ele tiveram de ser observados, na mesma unidade hospitalar.
Jmcardoso