Depois de um empate a uma bola no final do tempo regulamentar, o Régua foi mais eficaz nas grandes penalidades e conquistou mais um troféu para o seu palmarés, a Taça Transmontana, a primeira da sua história.
Na primeira meia hora, o Bragança esteve mais acutilante e mais próximo da baliza contrária, perante um Régua que tardava em impor o seu futebol. Por isso, não foi de estranhar que os brigantinos chegassem à vantagem, com Kika a marcar um golo de belo efeito à passagem do minuto 21, fruto de um remate descaído pelo lado direito. O golo animou os pupilos de Nuno Gonçalves que estão perto do segundo aos 25’, no entanto, o remate de Morais saiu por cima do travessão. Aos poucos, o Régua equilibrou o jogo e criou algumas situações para empatar. A melhor saiu dos pés de Perdigão, após assistência de Kennedy. Valeu o corte da defesa do Bragança. Ao intervalo, vantagem aceitável para a turma do nordeste transmontano.
Na segunda parte, o Régua entrou com vontade de dar a volta ao jogo. Logo aos 48’, António remata e fica a pedir penálti por suposta mão na bola, mas o árbitro manda seguir.
O Bragança também não se remetia à defesa e poderia ter feito o segundo num pontapé de Pipo que sai a rasar a trave. Aos 62’, Estanga aparece na cara de Nuno Silva, que faz uma grande intervenção. Resposta do Régua, com o guarda-redes André a fazer a defesa da tarde ao negar o golo a Jota, que nem queria acreditar na defesa impossível do brigantino.
E eis que aos 72’ surge o empate, com Sergiy a encostar ao segundo poste e a restabelecer a igualdade, que se manteve até ao final do tempo regulamentar.
Nas grandes penalidades, Nuno Silva esteve em destaque ao defender dois penáltis e Jota foi o responsável por marcar o último, que confirmou a vitória duriense na Taça Transmontana.
Agora, segue-se o Campeonato de Portugal, que arranca no domingo. O Bragança (série A) recebe o Vianense, enquanto o Régua (série B) adiou o jogo com o Machico.
COMENTÁRIOS
MARCO MARTINS, treinador do Régua
“Não entrámos como queríamos. Nos primeiros 30 minutos, o Bragança esteve melhor e chega ao golo de forma justa. A partir daí demos uma resposta à Régua e chegámos ao empate com justiça. Nos penáltis fomos mais competentes. Agora, esperamos um campeonato difícil, mas queremos alcançar a manutenção”.
NUNO GONÇALVES, treinador do Bragança
“Durante os 90 minutos, estivemos sempre mais perto de vencer. E por tudo aquilo que fizemos, merecíamos vencer. Era um troféu que não tínhamos e queríamos ter. O que temos é suficiente e podem contar connosco para o campeonato”.
DESTAQUE
O guarda-redes do Régua defendeu dois penáltis decisivos. Esteve sempre seguro e mostrou-se em forma ao longo do jogo.
FICHA TÉCNICA
RÉGUA, 1 | BRAGANÇA, 1 *
(*4-2 após grandes penalidades)
Jogo disputado no Complexo Desportivo de Vila Pouca de Aguiar
Árbitro: Carlos Leite (AF Vila Real)
Auxiliares: Diogo Soares e Rúben Fernandes
4º árbitro: Joana Sequeira
RÉGUA: Nuno Silva, Lobo (Balotelli, 85’), Dani (Fábio Carvalho, 43’), Lamine, Litos, Kennedy, Sergiy, Mika, António (Paixão, 55’), Perdigão, Jota
Treinador: Marco Martins
BRAGANÇA: André; Machado, Kika (Danny, 59’), Gonçalo (Eddy, 73’), Nuno (Ferreirinha, 73’), Pipo (Rúben, 53’), Morais, Cazares (Capelo), Estanga, Hidélvis, Parini
Treinador: Nuno Gonçalves
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Kika (21’), Sergiy (72’)
Cartões amarelos: Pipo (41’), Machado (55’), Rúben (87’), Lito (92’)[/block]