O alerta para o desaparecimento de um homem de 74 anos, que é doente de Alzheimer, na freguesia de Almendra, foi dado por familiares, na sexta-feira, cerca das 16:00, altura em que as buscas se iniciaram.
Em declarações à agência Lusa, o comandante das operações no terreno, capitão Coelho, do Comando Territorial da Guarda da GNR, revelou que logo na sexta-feira, após o alerta, foram enviados meios da GNR e dos bombeiros voluntário de Vila Nova de Foz Côa para o local.
“Batemos logo as zonas em que o senhor pudesse estar, recolhemos informação e houve uma pessoa que o viu a ir em direção a um terreno dele, mas não o encontrámos”, revelou.
Segundo a fonte da GNR, o homem, de 74 anos, é “conhecedor” da zona, “tem boa mobilidade” e sofre de Alzheimer “embora ainda não muito acentuado”.
A GNR reforçou, entretanto, os meios no local e tem em permanência, nas operações diurnas de buscas, um total de seis binómios cinotécnicos (um militar e um cão), tendo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) destacado outros dois binómios cinotécnicos, das corporações de bombeiros de Tondela e Resende (distrito de Viseu), para auxiliar na operação, disse o capitão Coelho.
O dispositivo inclui ainda a utilização de dois veículos aéreos não tripulados (vulgarmente conhecidos por ‘drones’) da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro da GNR, bem como, “durante o dia”, de um efetivo entre os 10 a 15 militares do Comando Territorial da GNR da Guarda “que à noite é reduzido”, ficando as buscas noturnas a ser realizadas apenas com recurso a militares em viaturas.
O capitão Coelho indicou ainda que entre os possíveis indícios da presença do desaparecido numa zona de terrenos agrícolas, foi identificada “uma pegada junto a uma vinha”, área que foi depois ‘batida’ pelos ‘drones’ e cães, sem resultados.
Até ao momento, os meios no terreno já analisaram uma vasta área entre a localidade de Almendra e Vilar de Amargo (localizada cerca de sete quilómetros em linha reta a sudeste daquela freguesia de Vila Nova de Foz Côa, no município vizinho de Figueira de Castelo Rodrigo), bem como, entre outros locais, um zona, a leste da estrada nacional 222, entre a Ribeira de Aguiar e o santuário de Nossa Senhora do Campo.
O comandante dos bombeiros voluntários de Vila Nova de Foz Côa, Rafael Almeida, disse, por seu turno, que as buscas decorrem em “terreno acidentado” e numa área “imensamente vasta”.
“E as pistas [sobre o desaparecido] são muito escassas”, enfatizou o comandante dos bombeiros.
De acordo com Rafael Almeida, a operação, comandada pela GNR, está a decorrer “em força, com bastantes operacionais”, na freguesia localizada no sudeste do concelho de Vila Nova de Foz Coa, norte do distrito da Guarda, que faz fronteira com o rio Douro e distrito de Bragança.
“É toda a área que vai até ao rio Douro, que tem vertentes escarpadas e zonas de difícil acesso. E mesmo em algumas zonas de fácil acesso, há vegetação alta, o que também dificulta. São buscas que não se adivinham nada fáceis”, enfatizou o comandante dos bombeiros.
Segundo a página internet da ANEPC, cerca das 13:45 de hoje estavam envolvidos nas operações um total de 26 operacionais, apoiados por 11 viaturas.