Como jogador passou por clubes como o Régua, Barqueiros, Fiolhoso e Mesão Frio, terra que o viu nascer e onde abraçou o desafio de orientar a equipa sénior esta época.
“É um clube que eu gosto e mais tarde, quando deixar de treinar, poderei vir a ser presidente. Talvez daqui a alguns anos”.
Com o nível 2 de treinador, admite que gostava de evoluir mais. “Infelizmente, os cursos são muito restritos à elite do futebol e se calhar vou ter de ficar por aqui”.
Considera que é “igual” treinar na formação ou nos seniores, já que “a seriedade é a mesma”. No entanto, sublinha que “é mais difícil” treinar os miúdos. “Há muito ruído à volta da formação, que tem cada vez menos qualidade. Hoje em dia, o filho ouve mais o pai do que o treinador, há aqui um conflito de interesses difícil de conciliar”.
O SC Mesão Frio esteve sempre no plutão da frente da Série B da AFVR, mas na reta final da primeira fase acabou por ser relegado para a Liga de Prata. O treinador afirmou que construiu um plantel mais forte e gostava de ter feito mais, mas a realidade é que os adversários também têm qualidade, destacando o Santa Marta e o Vila Pouca, que foi a equipa que mais gostou. “Houve jogos em que poderíamos ter dado mais. Depois, houve uma quebra com lesões e num tão plantel reduzido, foi difícil colmatar, mas o trabalho está lá”.
“Falhamos um objetivo, que era estar na Liga de Ouro, apesar de a direção não nos ter pedido isso. Sabíamos que tínhamos um plantel mais forte, mas agora há que concentrar as atenções na Liga de Prata, em que vamos fazer tudo para ficar em primeiro lugar”.
Sobre a reorganização da prova, Flávio Fonseca afirma que quando assumiu o comando da equipa já sabia como era o campeonato. “São os regulamentos que já estavam definidos. Seja qual for o formato, quem for melhor vai chegar ao fim e vencer. Claro que a nível financeiro, preferíamos jogar com equipas mais próximas. Posso dar o exemplo que quando recebemos o Santa Marta fizemos mil euros de receitas”.
Admite que gosta de ter uma equipa de posse, de sair a jogar, já utilizou vários esquemas de jogo, mas não é fácil para um clube que ainda é pequeno, que acredita que “será grande”.
No banco, o técnico diz que vê a sua “parte pior”, uma vez que “sou intempestivo, já fui expulso várias vezes, porque vivo muito isto e quando assim não for, fico em casa à lareira”.
Sobre o futebol distrital, Flávio Fonseca sustenta que tanto o futebol como a arbitragem “tem melhorado bastante”. “Vejo que a qualidade de treinadores melhorou, mas falta-nos jogadores, porque não há”.
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BOLA AO CENTRO – FLÁVIO FONSECA