A qualidade e a dimensão do projecto valeu-lhe uma classificação entre os primeiros, com uma avaliação “muito boa”.
Segundo o presidente da Câmara Municipal de Boticas, Fernando Campos, o investimento neste equipamento “está orçado em mais de um milhão de euros” e contempla a melhoria das acessibilidades, recuperação de um conjunto de edifícios, que estão junto ao Ecomuseu, recuperação de uma antiga casa florestal, local do Centro Interpretativo e o centro de apoio às escavações arqueológicas. Vai ser feita também a revitalização e a recuperação das muralhas do castro, tudo alicerçado num estudo científico associado às universidades.
Este Centro de Boticas assumirá a orientação de uma rede europeia de sítios com actividade castreja céltica, como em Glauberg na Alemanha, Pula, na Croácia, e Aquila, em Itália. “Estamos a preparar o protocolo, já temos o contacto na embaixada da Alemanha e agora vamos contactar o Ministério dos Negócios Estrangeiros, porque trata-se de um projecto de tal forma grandioso e importante que extravasa claramente no âmbito de um projecto do concelho”. Há no horizonte também uma parceria com o Museu de Estugarda, que é um pólo europeu importante de arte celta.
Esta candidatura nacional teve um conjunto de apoios, nomeadamente da Universidade do Minho, Universidade Nova de Lisboa, IGESPAR, Ministério da Cultura, Direcção Regional da Cultura do Norte, CCDRN, Presidência da República, o Museu Nacional de Arqueologia, os Amigos do Guerreiro Castrejo, entre outros.
Refira-se que, o Castro do Lesenho (freguesia de Covas do Barroso) ocupa a parte superior dum relevo residual granítico sobranceiro ao Corgo dos Lamais, afluente do rio Beça. O povoado apresenta vestígios materiais de romanização e foram recolhidas, em 1785, quatro estátuas de guerreiros galaicos, as quais, em 1910, foram classificadas como Monumento Nacional.
Almeida Cardoso