Já está em funcionamento o Centro de Recepção de veículos em fim de vida de Alijó, o primeiro no distrito de Vila Real. Em Mirandela, está também prestes a entrar em actividade um centro de desmantelamento, também único na região transmontana.
“Entrou esta semana em funcionamento, na Palmiresíduos, empresa sediada em Alijó, o primeiro centro de recepção de Veículos em Fim de Vida (VFV) do distrito de Vila Real”, anunciou, no dia 23, José Amaral, responsável da área técnica da Valorcar, durante uma acção de sensibilização da campanha “Douro Limpo”.
Segundo o mesmo responsável, os vila-realenses já podem entregar os seus carros velhos na Palmiresíduos que, sediada na zona industrial alijoense, entra agora na Rede Valorcar, operando como centro de recepção, o que significa que receberá e armazenará os veículos “até estes serem transportados para Centros de Desmantelamento”.
Mas a região transmontana contará, ainda, com mais um centro, destinado aos VFV, este com capacidade mesmo para o desmantelar das viaturas, “sendo aí submetidos a dois tipos de operações: operações de despoluição e operações para promover a reutilização e a reciclagem”.
José Amaral explicou que outra das diferenças entre os dois centros é que, enquanto o de Mirandela disponibiliza logo o certificado de destruição do veículo (cancelamento do registo e matrícula), no centro vila- -realense esse documento é enviado “a posteriori”, para a residência do proprietário.
Em 2006, foram entregues, para desmantelamento, 20.020 VFV, dos quais apenas 115 teriam proveniência do distrito de Vila Real, um número que Valorcar acredita que “irá aumentar, significativamente”, com a criação dos dois centros.
Segundo a mesma entidade, responsável pela gestão do Sistema Integrado de Gestão dos Veículos em Fim de Vida, existem, actualmente, 17 centros de recepção/desmantelamento de veículos (que têm uma capacidade de desmantelamento superior a 80 mil carros, por ano), sendo que o objectivo da empresa é que, até ao próximo dia 1 de Abril, a rede englobe 29 centros.
A boa nova foi dada durante uma acção de sensibilização sobre a temática dos VFV, realizada no âmbito da campanha “Douro Limpo”.
“Temos a sensação de que, muitas vezes, as pessoas não entregam os resíduos nos sítios certos, porque não têm, de facto, informação e não por falta de cidadania”, sublinhou Margarida Correia Marques, coordenadora da campanha de sensibilização que, no dia 21, foi responsável, também, por uma acção de sensibilização sobre a gestão de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos (REEE).
Relativamente a estes resíduos, Margarida Marques Correia garantiu que “já há soluções adequadas, na região. Se comprarem um electrodoméstico, na altura da entrega, podem pedir que o velho seja transportado, pelo comerciante, sem qualquer despesa extra”, explicou a mesma responsável, adiantando, ainda, que existem outras soluções que variam nos diferentes Municípios. Por exemplo, no concelho de Vila Real, a recolha dos aparelhos eléctricos e outros resíduos volumosos, denominados “monstros”, é efectuada, no caso das zonas urbana e periurbana, na primeira segunda-feira útil de cada mês, sendo que estes devem ser colocados, na véspera do dia de recolha, junto de um contentor.
Os vila-realenses podem, ainda, entregar, directamente, os seus “monstros” domésticos no parque de multimateriais, todas as segundas-feiras (entre as 9.30 e as 12.30 horas) e quintas-feiras (entre as 14 e as 17 horas).
Segundo a mesma responsável, nesta fase, ainda se está a trabalhar, apenas, na sensibilização, ficando para mais tarde a campanha de limpeza da região duriense, uma acção que, a cargo da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDR-N) e do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, ainda não tem data prevista.
O projecto “Douro Limpo” vai continuar, na sua fase de sensibilização, até ao final do mês de Julho, estando agendada, entre muitas outras iniciativas, no próximo dia 17, uma acção de implementação de boas práticas, a qual decorrerá, no Bairro das Alagoas, no Peso da Régua.
Maria Meireles