O desafio foi lançado pelo projeto CDLS 4G, da Cáritas de Vila Real, que pediu ajuda à empresa Globalvia Transmontana para “apadrinhar” crianças que vivem em famílias com grandes dificuldades económicas.
O repto estava feito e no dia de aniversário da empresa, os colaboradores souberam da iniciativa e desde logo disponibilizaram-se para oferecer presentes às crianças, como explicou à VTM Natalina Lopes, responsável da área dos recursos humanos da empresa, que está há 13 anos na região transmontana. “Foi um desafio muito bem acolhido pelos colaboradores, que aderiram de imediato e criaram o Cantinho da Solidariedade. Escolheram a criança que iriam apadrinhar e colocaram o chapéu do Pai Natal sobre o nome. Criamos o cantinho da solidariedade, onde foram colocados os presentes para dar às crianças”.
A coordenadora do CLDS 4G, Sandra Marcelino, explicou que a pandemia de Covid-19 não permitiu fazer a tradicional festa dedicada às crianças, que incluía uma peça de teatro e oferta de prendinhas às crianças. No entanto, lançaram o desafio à Globalvia, que já no ano passado ofereceu cabazes recheados para as famílias que mais necessitadas. “Não quisemos deixar estas crianças sem presentes, por isso lançamos a ideia a esta empresa, que abraçou o projeto de forma extraordinária, ao proporcionar um Natal mais feliz a 60 crianças. Só temos de agradecer este gesto tão generoso por parte destes colaboradores”.
ALEGRIA DAS CRIANÇAS
Vestido a rigor, o Pai Natal levou os presentes na sacola e entregou a uma família que vive numa roulotte, em São Cibrão, com três crianças (um de 14 anos, outro de sete e o mais novo nasceu no dia 21). A avó estava a tomar conta delas, uma vez que uma nasceu na terça-feira e a mãe ainda estava no hospital com o recém-nascido, que também teve direito a prendas.
Quando receberam os presentes, a cara de alegria das crianças ao receberem estes miminhos no Natal foi contagiante e o grupo de voluntários não se conteve com as lágrimas de emoção ao ver a felicidade estampada no rosto destes meninos, que não teriam prendas se não fosse este gesto solidário dos colaboradores desta empresa.
A avó, Lina, não escondeu a emoção ao ver a alegria dos netos com as prendas que receberam, afirmando que o Natal será na casa da irmã Diana, em que receberam também uma prenda antecipada com a chegada de mais um menino. “É o nosso menino Jesus”, diz a avó, que espera que a filha, Daniela, consiga construir uma casa, uma vez que vivem numa roulotte, num terreno que estão a pagar às prestações. “É o maior sonho é ter um lar, porque ficamos sem trabalhar por causa da pandemia”, confessa a avó, que trabalhava no circo, assim como a filha Daniela.