"Este projeto tem como objetivo a criação, implementação e dinamização de uma rota de turismo cultural, integrando quatro municípios (Torre de Moncorvo, Mogadouro, Alfândega da Fé e Macedo de Cavaleiros) e 22 núcleos de pintura mural a fresco", explicou o presidente da Associação de Municípios do Baixo Sabor (AMBS), Nuno Gonçalves.
A localização do Centro Interpretativo da Rota da Pintura já foi aprovada, por "unanimidade", pela AMBS e vai ficar instalado na antiga estação de caminho-de-ferro de Macedo de Cavaleiros, concelho que tem menos área inundada pela albufeira da barragem do Baixo Sabor.
O investimento no centro interpretativo é de mais de 300 mil euros, de acordo com elementos fornecidos pela AMDS, o que representa cerca de 35% do valor total da candidatura a fundo do Norte 2020.
"Este será o ponto de partida para uma nova rota de pintura mural a fresco, em que o objetivo é ir mais além, e que passa por ter toda a região Norte, desde Bragança até ao Porto, para depois nos estendermos até ao território da fronteira com Espanha, para concretizarmos uma grande rota ibérica", indicou o também presidente da câmara de Moncorvo.
O levantamento dos núcleos de pinturas a fresco já está no terreno, em que a maioria "se encontra em avançado estado de degradação, devido aos anos de abandono, tapadas por estruturas retabulares, muitas vezes expostas às águas pluviais ou danificadas pela ação humana", vincou o responsável.
A criação do Centro de Interpretação das Histórias a Fresco "é um projeto há muito desejado, que congrega em si um conjunto de valores e ideias de base identitárias e territorial, através da criação de cenários que assumem diversas formas como filmes, sistemas interativos e peças físicas".
Ao longo do percurso, segundo os promotores da nova rota, "o visitante irá descobrir e interagir de uma forma sensorial e emotiva, conteúdos apaixonantes que o levaram a explorar o território da albufeira do Baixo Sabor".
Pretende-se que o Centro de Interpretação Histórias a Fresco seja uma local que fortaleça a dimensão pública do património religioso de Trás-os-Montes, "assumindo um papel ativo na comunidade local".