Terça-feira, 10 de Dezembro de 2024
No menu items!

A arte dos cocktails tendo como base o Favaios

Para os apreciadores do Moscatel de Favaios, o casamento entre um dos ex-libris da região duriense e frutas ou legumes pode parecer improvável, no entanto a aventura de identificar os aromas enaltecidos do vinho ou experimentar novos sabores a eles associados foi provada, e aprovada, por dezenas de pessoas que assistiram a um workshop de criação de cocktails.

-PUB-

Para dar novas alternativas de consumo aos vinhos da região, nomeadamente o Moscatel de Favaios, a Enoteca Douro transformou, no dia 17, a sua adega centenária num bar com a realização de um workshop de criação de cocktails.

“Temos sempre em mente o conceito de Mixology, ou seja, misturar com lógica, conseguindo uma combinação correcta e um equilíbrio justo”, revelou Paulo Ramos, “Master Bartender da Cocktails Academy” que desafiou os participantes da iniciativa a enriquecer o Favaios com ingredientes como cerejas, alperce, morangos, figos, melancia, tomates, malaguetas, gengibre e hortelã, entre outros.

O bartender sublinhou que, nesta experiência, não foram misturadas outras bebidas alcoólicas na elaboração dos cocktails, apenas água com gás e sumo de uva. “Não vamos utilizar nada que não seja natural com o objectivo de enaltecer alguns aromas”, revelou Paulo Ramos, minutos antes de mostrar e dar a provar a dezenas de pessoas criações espontâneas como o “Strawberry Moscatel Spice”, que mais não é que morangos e uma malagueta macerados, coados e adicionados ao Favaios.

E porque não fazer com Favaios uma versão portuguesa do cocktail cubano “Mojito”? Junta-se ao vinho duriense hortelã, gelo e água com gás e cria-se assim o “Moscatelito”, propôs, em tom de brincadeira, o bartender.

Misturas tão simples, como a adição de uma fatia de alperce num copo de Favaios, podem surpreender não só ao despertar os aromas do próprio vinho mas também ao representar uma nova forma de apresentação da bebida.

Segundo Paulo Ramos é importante “desmistificar” a ideia negativa do conceito de cocktail, que “não é forçosamente uma mistura inadvertida de bebidas alcoólicas”, no entanto, como sublinhou, também é preciso “cautela” nas receitas.

Para difundir a ideia de que novas apresentações e novas formas de beber o Moscatel de Favaios podem contribuir para um reforço na comercialização daquele vinho, Luís Barros, responsável pela Enoteca Douro, está já a organizar um segundo workshop, desta vez para barman’s de todo o país. “Em Setembro, na altura das vindimas, vamos organizar uma semana dedicada aos bartenders com o objectivo de incentivar a divulgação de novos sabores a partir dos vinhos da região”.

“Assim se poderá aumentar o consumo e, consequentemente, a comercialização através da criação de novos mercados e até o surgimento de novos produtos”, revelou o mesmo responsável, referindo que a Enoteca Douro, o primeiro espaço interactivo da Península Ibérica que apresenta aos visitantes os processos e tradições da produção de vinho na região demarcada, representa já uma parceria entre mais de 25 produtores e engarrafadores, mantendo na sua adega e ponto de venda mais de 220 produtos expostos.

APOIE O NOSSO TRABALHO. APOIE O JORNALISMO DE PROXIMIDADE.

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo regional e de proximidade. O acesso à maioria das notícias da VTM (ainda) é livre, mas não é gratuito, o jornalismo custa dinheiro e exige investimento. Esta contribuição é uma forma de apoiar de forma direta A Voz de Trás-os-Montes e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente e de proximidade, mas não só. É continuar a informar apesar de todas as contingências do confinamento, sem termos parado um único dia.

Contribua com um donativo!

VÍDEOS

Mais lidas

ÚLTIMAS NOTÍCIAS