Quais são as duas grandes prioridades que defendem para o distrito?
A paixão pelo bom senso é a base da visão do Volt. Defendemos políticas baseadas em evidência científica e no que já funciona noutros países, porque muitas vezes não é preciso reinventar a roda.
A nossa prioridade para Vila Real é a regionalização. Parece-nos bom senso que seja possível viver bem em Vila Real, que os seus residentes não tenham de ir a cidades litorais para ter trabalho ou acesso a serviços. Propomos uma série de medidas bem pensadas e, sobretudo, possíveis para a descentralização de oportunidades em Portugal.
Por outro lado, defendemos que o nosso sistema eleitoral deve dar mais voz aos residentes de distritos menos populosos. O sistema atual empurra quem vota para um dos dois partidos possíveis de eleger, ou a não votar se o seu voto não contar para nada. Um círculo de compensação, como nos Açores, seria uma opção familiar para assegurar que todos os votos em Vila Real contam.
O setor da saúde atravessa uma fase conturbada. Na região, o que poderá ser feito para ultrapassar esses desafios?
O Volt encara a saúde de forma holística, onde o bem-estar físico, mental e social são de igual importância, de acordo com a OMS. Em Vila Real, queremos colmatar a falta de especialistas, criar mais foco na saúde e na prevenção da doença.
Propomos reduzir as iniquidades no acesso aos cuidados com mais investimento e novas aplicações digitais para aproximar os cidadãos da saúde, seguindo as tendências europeias. Defendemos ainda valorizar os profissionais de saúde, fortalecer redes multidisciplinares e investir mais na saúde mental, na medicina preventiva e digital.
A perda de população continua a ser um grave problema do interior do país. Que medidas defendem para combater este flagelo?
O Volt defende a regionalização como motor de desenvolvimento de todo o país. Propomos várias medidas para que Vila Real ofereça um melhor nível de vida.
Por exemplo, queremos usar o conhecimento que já existe no Norte Interior para criar Clusters do Futuro. Esta estratégia assenta no sucesso que os aglomerados empresariais têm tido em Portugal em setores como moldes e plásticos na Marinha Grande e Oliveira de Azeméis, ou componentes para automóvel no Norte Litoral, Beira Interior e Palmela.
Defendemos também ferrovias boas. A nova linha de alta velocidade Lisboa-Porto tem de avançar, por uma questão de velocidade, mas também porque já está no limite e é impossível aumentar a oferta sem uma nova linha. Propomos ainda uma nova linha Aeroporto do Porto – Amarante – Vila Real – Bragança – Zamora, de alta prestação.
Propomos outras políticas complementares para atrair de volta os migrantes e fixá-los em Vila Real. Estas estão descritas no nosso programa eleitoral que convidamos a conhecer.