A celebração do Natal de Jesus educa-nos para a objectividade da fé cristã, quer a objectividade histórica dos dados fundamentais da fé, quer a conjugação do amor a Deus e do amor ao próximo, disse o senhor Bispo na Sé, em dia da Natal.
O prelado celebrou a «Missa da meia-noite» e depois a «Missa do dia de Natal». Na primeira, sublinhou as referências históricas do Nascimento de Jesus, citando nomes de personalidades históricas ligadas ao Natal de Jesus e os lugares geográficos desse Nascimento; na segunda, apoiando-se nos vitrais altos da nave central da Sé que citam as palavras do início do Evangelho de S. João (No princípio era o Verbo, e o Verbo era com Deus, e o Verbo era Deus), chamou a atenção para a origem divina e eterna de Jesus, constantes do Evangelho do dia.
O Natal todos os anos educa a nossa inteligência para a objectividade histórica da nossa fé, lembrando que Jesus Cristo não é uma fantasia, um mito, mas alguém datado na história e localizado no espaço. É conveniente meditarmos nestes aspectos porque, de vez em quando, surgem livros e filmes a repetir velhas insinuações contra a fé que arrastam pessoas distraídas. De qualquer modo, a intimidade com Jesus só se constrói com a oração pessoal, e não somente com a cultura. Por sua vez, a oração cristã tem de ir acompanhada de algum gesto de amor a pessoas concretas, conjugando o amor a Deus e o amor aos próximo, pois Jesus Cristo não quer ser amado à margem dos outros.
Na Missa da meia-noite, a Sé estava razoavelmente composta; na Missa do dia de Natal, quase cheia.
O coro da paróquia foi, como habitualmente, dirigido pelo P. António Paulo, do Seminário.
No final, foi dada a beijar aos fiéis a imagem de Jesus Menino, gesto acompanhado de cânticos tradicionais de origem popular.