“Devido às filmagens de um filme da Universal Pictures [“Velocidade Furiosa”], no dia 28 de junho, entre as 06:00 e as 22:00, a Autoestrada A24 estará encerrada entre Lamego (entrada nº9) e Armamar/Valdigem (entrada nº10)”, informou a Câmara Municipal de Lamego.
Numa nota de imprensa, publicada na página da internet e nas redes sociais da autarquia lamecense, o executivo municipal faz ainda um “pedido de desculpas pelo incómodo” e publica uma nota da produtora cinematográfica.
Com argumento de Justin Lin e Dan Mazeau, o filme conta, no elenco, com Vin Diesel, Charlize Theron, Jason Momoa, Brie Larson, Michelle Rodriguez e a portuguesa Daniela Melchior, entre outros. A rodagem acontece no Reino Unido, em Itália e em Portugal.
De acordo com a publicação norte-americana The Hollywood Reporter, o orçamento do filme já ultrapassou os 300 milhões de dólares (cerca de 284 milhões de euros), valor que não inclui gastos em ‘marketing’ e publicidade.
Por motivos de confidencialidade contratual, há muitos detalhes que não podem ser revelados, nomeadamente orçamentais, mas a produtora, Sofia Noronha, disse que se trata de “um investimento económico brutal no país”.
“É abrir as torneiras e utilizarmos o máximo de serviços portugueses […] Portugal tem todas as condições para ser um grande sítio de filmagens, não só pelo tempo, pelos preços acessíveis e pela mão de obra, [mas também porque] somos todos bastante flexíveis – os portugueses aprendem muito rápido. Mas não tínhamos ainda este mercado aberto”, realçou.
A Sagesse Productions foi criada em 2020, em plena pandemia, “numa altura incerta”, mas com trabalho consecutivo deste então, disse Sofia Noronha, nomeadamente com “Fast-X”, “House of the Dragon”, a prequela da série televisiva “A Guerra dos Tronos”, parcialmente rodada em 2021 em Monsanto (no concelho de Idanha-a-Nova, distrito de Castelo Branco), que estreia a 22 de agosto próximo, na plataforma de ‘streaming’ HBO MAX.
“A indústria cinematográfica está habituada a esses incentivos e todos os nossos concorrentes e vizinhos têm incentivos fiscais, porque normalmente o investimento feito no país é quase o dobro desse incentivo fiscal, o país acaba sempre por beneficiar”, sublinhou.
De acordo com o relatório mais recente sobre incentivos à produção cinematográfica e audiovisual e captação e filmagens internacionais, referente a 2018-2020, disponibilizado online, foi apoiada a produção de 48 obras, com um incentivo total de 15,3 milhões de euros, e o investimento global em Portugal foi de 58,7 milhões de euros.