Pouco passava das 21 horas do dia 6, quando o Itinerário Principal número quatro (IP4) voltou a ser palco de um acidente rodoviário fatal, desta vez para um homem, de 30 anos de idade. A vítima, António Jorge Pinto Ferreira, residia em Peredo dos Castelhanos, concelho de Torrre de Moncorvo.
Álvaro Ribeiro, Comandante dos Bombeiros Voluntários da Cruz Branca, que, tal como os Bombeiros da Cruz Verde de Vila Real, acorreram ao local do acidente, referiu que o mesmo causou ferimentos a “uma senhora e uma criança, de 13 anos”.
A colisão das duas viaturas ligeiras aconteceu ao quilómetro 82 do IP4, na zona da Boavista, Campeã, obrigando ao encerramento daquela via, durante cerca de duas horas.
A vítima mortal deste acidente seguia num veículo ligeiro, de marca Seat. Teve que ser socorrida com recurso a trabalhos de desencarceramento, como nos explicou o referido Comandante.
Os dois feridos foram assistidos, no local, pela equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Centro Hospitalar Vila Real/Peso da Régua, unidade de saúde para onde foram, depois, conduzidos.
De recordar que há um mês atrás, no dia 2 de Outubro, este troço do Itinerário Principal que liga Amarante a Vila Real foi palco do seu primeiro acidente, com vítimas mortais. O acidente de Outubro vitimou dois homens, de 25 e 34 anos de idade, manchando o ano de 2006, em termos de acidentes mortais, nesta via, a qual, até à data, só contava com duas vítimas mortais de acidentes ocorridos já no troço do distrito de Bragança. Esses números ficam, agora, aumentados com mais esta morte, somando um total de cinco vidas perdidas, no IP4, este ano.
De recordar que esta via tem vindo a ser palco de uma série de intervenções que têm levado a uma redução drástica no número de acidentes e de vítimas mortais, entre as quais a instalação, iniciada no mês de Setembro, de 11 câmaras de vídeo, dez painéis de mensagens variáveis, dez sensores de tráfego e seis estações de meteorologia, “um projecto que permitirá conhecer, em permanência, as condições de circulação em alguns troços do IP4 e fornecer, aos automobilistas, informação sobre os condicionamentos pontuais, nomeadamente relacionados com condições climatéricas adversas ou acidentes”.
Desde a abertura, em toda a sua extensão, o IP4 já foi palco de mais de 250 mortes, em acidentes de viação, ficando para a história o ano de 2004 como o mais negro de sempre, com mais de três dezenas de vítimas mortais.
Maria Meireles