A situação foi revelada ao final do dia de sexta-feira, o que provocou desagrado nos presidentes das câmaras que compõem a CIM Alto Tâmega, constituída por Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar.
Alguns dos autarcas disseram que era uma decisão “infundada e incompreensível”, acusando o gabinete da Ministra da Saúde de “estar a fugir à verdade e manipular os números” que apresenta aos portugueses.
Entretanto, no mesmo dia, o boletim desta região voltou a ser divulgado, assim como os de outras regiões.
Em notas publicadas nas redes sociais, o município de Chaves saudou “o Ministério da Saúde pela reversão da decisão que impedia a divulgação da informação constante no relatório epidemiológico emanado pela autoridade de saúde local”.
O município de Boticas ficou satisfeito pela medida, mas realçou que a informação prestada aos cidadãos deve ser “séria e transparente”.
A câmara de Montalegre, saudou a decisão do Ministério da Saúde pela “reversão da decisão”.
Em Valpaços, o presidente Amílcar Almeida frisou que “imperou o bom senso” e que “a união, dos municípios, faz a força”.
O Conselho da Comunidade do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Douro Sul também se mostrou “indignado” contra a proibição de divulgação dos dados aos municípios.
Em comunicado, revelou que “a coordenação institucional e o dever de informação em matéria de proteção civil não podem ser apenas verbalizados e teorizados. É imperioso que se concretizem no terreno, pelo que toda a informação tem de ser rigorosa e disponibilizada nos diferentes órgãos de direção, coordenação e execução da atividade de proteção civil, incluindo as câmaras municipais”.
O ACES Douro Sul abrange os concelhos de Armamar, Lamego, Moimenta da Beira, Penedono, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço e Tarouca, do distrito de Viseu.