A companhia de Vila Pouca de Aguiar, que começou por desenvolver animação circense, com espetáculos de fogo, dedicou-se também, nestes 12 anos, ao teatro, à animação em feiras medievais e à atividade social, através do projeto “Crescer com a diferença”, levando a arte à creche e centros de apoio a pessoas com deficiência, tendo ainda criado o Festival Artimanha, com uma vertente comunitária e dinamizado a escola de teatro ‘Tia Mica’.[/block]Na sede, no Club 11, que tem desde 2013, realiza atividades culturais, como concertos e exposições, bem como educativas.
“Começou um pouco por brincadeira, mas começámos a sentir a necessidade de evidenciar o nosso trabalho e criar condições para esta parte artística tão importante que não era desenvolvida aqui no concelho. Foi sempre uma luta porque não havia muitos apoios, mas agora olhamos para trás e achamos que o trabalho foi bem concebido e que deu frutos, apesar de todas as dificuldades”, explica uma das fundadoras da Animodia Arte & Cultura, Daniela Cardoso.
José Miguel Carvalho, fundador e diretor artístico da companhia, explica que, passada esta dúzia de anos, sentiram “necessidade de mudança, criando uma nova imagem, com novo logotipo, mas também com uma mudança de paradigma”. Com esta viragem comprometem-se a não se dedicar “tanto ao entretenimento, mas mais à parte cultural e social”.
Para o futuro, a Animodia está a preparar novos projetos como um espetáculo de rua, uma espécie de animação itinerante com grande impacto visual. “Vai ter um foco grande na parte ambiental e preservação do ambiente”, afirmou José Miguel Carvalho.
Outro projeto é uma peça de palco, chamada Circular, que parte dos circos antigos, os ‘freak shows’, também com uma mensagem social bastante atual, que será posta em prática em durante este ano.
As ações de intervenção social são outra aposta da companhia, com o serviço educativo com workshops de atividades circenses, dinâmicas de gestão de conflito, através de técnicas de teatro para um público mais jovem, ou o ‘Clown Relacional’, que pretende combater o isolamento social da população mais idosa. “Esse é um projeto que achamos que tem uma enorme relevância na região porque estamos com uma população mais envelhecida”, frisou o diretor artístico da companhia.[/block]